Advogado Zanin decide encerrar ação contra Bolsonaro por suposta omissão na aquisição de vacinas.

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu arquivar uma ação movida contra o ex-presidente Jair Bolsonaro pela suposta omissão na compra de vacinas no início da pandemia de covid-19. A ação foi protocolada pela Rede Sustentabilidade em outubro de 2020, questionando a conduta de Bolsonaro, que teria desautorizado o Ministério da Saúde a realizar contrato com o Instituto Butantan para a compra da vacina Coronavac.

A decisão de arquivamento foi baseada em um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), que defendeu a “desnecessidade do prosseguimento do feito” devido às medidas adotadas pelo novo governo. O ministro Zanin concordou com a AGU, considerando que o quadro sanitário atual está estabilizado e que não há mais necessidade de prosseguir com a ação. Ele destacou os esclarecimentos técnicos elaborados pelo Ministério da Saúde, que evidenciam a inutilidade de um provimento judicial sobre o conflito descrito na petição inicial.

A ação inicialmente foi distribuída ao ministro Ricardo Lewandowski, mas com a aposentadoria deste em abril deste ano, Zanin assumiu a relatoria do processo. Cabe recurso contra a decisão de arquivamento.

Esta decisão do STF é mais um capítulo na controvérsia envolvendo a condução da pandemia pelo ex-presidente Bolsonaro. Desde o início da crise sanitária, o governo enfrentou críticas sobre sua atuação no enfrentamento da doença, especialmente em relação à compra e distribuição de vacinas. Essas críticas culminaram em ações judiciais como essa movida pela Rede Sustentabilidade.

No entanto, o arquivamento da ação por parte do ministro Zanin indica uma mudança de entendimento no STF sobre o tema. Essa decisão pode ser interpretada como um reconhecimento de que as medidas adotadas pelo novo governo são suficientes para lidar com a pandemia e que não há mais necessidade de uma intervenção judicial nesse sentido.

É importante ressaltar que o arquivamento dessa ação não encerra o debate sobre a responsabilidade do governo na compra de vacinas e na condução da pandemia. Outros casos e questionamentos ainda estão em tramitação no STF e em outras instâncias judiciais, o que indica que o tema continuará sendo discutido e avaliado nos próximos meses.

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