O programa Brasil sem Fome será baseado em três pilares principais. O primeiro é garantir o acesso à renda, promovendo a cidadania e a proteção social. O segundo é incentivar a produção de alimentos saudáveis, enquanto o terceiro envolve a mobilização dos estados, municípios e sociedade civil.
Durante seu discurso em Teresina, Lula ressaltou a necessidade de garantir emprego e renda para acabar com a fome real no país. Ele destacou que o Brasil é um país abundante em terras e que o problema não é a falta de comida, mas sim a falta de recursos para as pessoas terem acesso a ela. O presidente expressou sua obsessão em combater a fome e impulsionar o crescimento econômico do país, gerando empregos de qualidade para a população.
Vale ressaltar que o Brasil havia saído do Mapa da Fome da ONU em 2014, graças às estratégias de segurança alimentar e nutricional implementadas nos governos anteriores de Lula e Dilma Rousseff. No entanto, o país voltou a enfrentar essa questão, especialmente durante a pandemia de covid-19. Dados recentes revelam que quase um terço da população brasileira está em situação de insegurança alimentar moderada ou severa, o que equivale a cerca de 70,3 milhões de pessoas.
Com o programa Brasil sem Fome, o governo pretende reverter essa situação e novamente tirar o país do mapa da fome. O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, enfatizou que serão adotadas uma série de ações para reduzir a pobreza no Brasil ano após ano.
Além do programa, Lula também assinou o decreto que convoca a 6ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, organizada pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). Essa conferência, cujo tema é “Erradicar a fome e garantir direitos com comida de verdade, democracia e equidade”, ocorrerá em dezembro deste ano.
Outra novidade é que o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) irá fornecer produtos para as cozinhas solidárias, que surgiram durante a pandemia para enfrentar a fome. O plano também prevê a retomada dos estoques públicos para regular o abastecimento e os preços dos alimentos.
Para monitorar a insegurança alimentar em diferentes regiões do país, serão realizadas caravanas do programa nos locais com maior número de pessoas em situação de insegurança alimentar grave. Essa análise será possível por meio da produção de informações estatísticas incluídas regularmente na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do IBGE.
Lula também aproveitou sua visita ao Piauí para anunciar novos projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que incluem obras de infraestrutura hídrica e de transportes. Em sua agenda, está previsto um evento do Banco do Nordeste em Fortaleza, bem como o lançamento do programa “Água para Todos” no Rio Grande do Norte.
Com o programa Brasil sem Fome e uma série de ações para combater a insegurança alimentar, Lula demonstra seu compromisso em garantir que todos os brasileiros tenham acesso a comida de verdade e condições dignas de vida. A mobilização dos diferentes setores da sociedade é fundamental para o sucesso dessa iniciativa e para a erradicação da fome no país.
