Presos no Equador retém 57 agentes de segurança como reféns em tumulto carcerário. A situação é preocupante.

Na cidade equatoriana de Cuenca, localizada nos Andes do sul do país, uma penitenciária tem sido palco de protestos violentos por parte dos presos. Desde quarta-feira, eles estão se manifestando contra a transferência de detentos para outras prisões, causando tensão e colocando a vida de agentes penitenciários e policiais em risco.

De acordo com o ministro do Interior, Juan Zapata, 57 agentes penitenciários e policiais estão sendo mantidos como reféns pelos presos. O ministro expressou preocupação com a segurança desses funcionários em uma coletiva de imprensa realizada em Quito, em um dia no qual a cidade também foi alvo de explosões de carros-bomba.

Na quarta-feira, as autoridades realizaram uma operação de busca por armas, munições e explosivos na prisão de Latacunga, uma das principais do país e que tem enfrentado um número alarmante de massacres e mortes entre os detentos desde 2021.

Inicialmente, o responsável pelas prisões afirmou que a retenção dos reféns era uma retaliação pela intervenção das forças de segurança. No entanto, posteriormente foi esclarecido que se tratava de um protesto contra transferências de detentos para outras prisões. Essa medida seria uma tentativa de combater a guerra pelo poder entre gangues ligadas ao tráfico de drogas que operam dentro das penitenciárias.

Diante da violência e dos confrontos entre as organizações criminosas, o presidente Guillermo Lasso decretou, no final de julho, o estado de exceção em todo o sistema penitenciário por 60 dias. Essa medida permite a presença militar nas prisões como forma de garantir a segurança e combater o avanço do crime organizado.

As autoridades equatorianas estão fazendo esforços para resolver a situação e garantir a libertação dos reféns, ao mesmo tempo em que enfrentam outros desafios de segurança, como as explosões em Quito. A situação é preocupante e requer uma ação rápida e eficaz das autoridades para evitar qualquer dano aos reféns e restabelecer a ordem nas penitenciárias do país.

É importante ressaltar que os problemas enfrentados pelo Equador em seu sistema penitenciário não são exclusivos do país. Em diferentes partes do mundo, as prisões têm se tornado verdadeiros centros de poder e operações do crime organizado, o que representa um desafio significativo para as autoridades em sua luta contra a criminalidade e a manutenção da segurança pública.

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