Vale ressaltar que desde o dia 28 de agosto, a greve já estava suspensa, fazendo com que o metrô voltasse a operar com 100% de sua frota em todas as 36 estações que atendem cerca de 180 mil passageiros diariamente.
As negociações entre os trabalhadores e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) avançaram nesta semana. Durante uma reunião de conciliação na última quarta-feira (30), a CBTU apresentou sua proposta final em relação ao acordo coletivo dos metroviários para os anos de 2023-2024.
Apesar de discordarem do índice de reajuste de 3,45% sobre salários e benefícios, os trabalhadores decidiram aceitar a proposta. A maioria entendeu que buscar um dissídio coletivo através da judicialização da questão não traria benefícios para a categoria.
Luiz Soares, presidente do Sindmetro-PE, ressaltou que a decisão de encerrar a greve foi pensada para atender melhor a população. Além disso, ele destacou a importância de recuperar o sistema e garantir uma tarifa de R$ 2 para incentivar o uso do metrô por parte dos trabalhadores.
Além do encerramento definitivo da greve, os metroviários seguem lutando pela retirada da CBTU do Programa Nacional de Desestatização (PND), demonstrando serem contra a privatização do sistema. Eles defendem que o metrô continue sendo uma empresa estatal federal, destacando a importância da valorização dos trabalhadores e a garantia de transferência caso haja concessão ou privatização.
A CBTU informou por meio de nota que recebeu a confirmação de todos os sindicatos metroferroviários de sua base, incluindo Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Pernambuco, de que a proposta apresentada foi aprovada. Segundo a companhia, o acordo coletivo para os anos de 2023-2024 será assinado em benefício de toda a categoria.
Com o fim da greve, a expectativa é de que o metrô do Recife opere normalmente, garantindo a mobilidade de milhares de passageiros diariamente.
