Repórter Recife – PE – Brasil

Moradora de Boa Viagem falece devido a complicações da dengue; conheça medidas preventivas para evitar a contaminação.

No dia 29 de abril, uma mulher de 26 anos, moradora do bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, faleceu devido a complicações da dengue, segundo a Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco. Este é o sexto óbito por dengue registrado apenas em 2023.

A paciente apresentava comorbidades, como hipertensão, obesidade e asma, além dos sintomas típicos da doença, como febre, dor muscular e articular, cefaleia, dor abdominal moderada, náusea, vômito e manchas vermelhas pelo corpo. Ela procurou atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, também na Zona Sul, e foi posteriormente transferida para o Hospital Getúlio Vargas, onde veio a óbito.

A causa da morte não pôde ser identificada pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO), mas após discussão com a equipe técnica da Vigilância Epidemiológica do Recife, foi confirmado o óbito por dengue pelo critério clínico epidemiológico.

Diante desse caso, a gestão de saúde do Estado de Pernambuco ressaltou a importância da prevenção da proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue. Medidas como evitar o acúmulo de água parada, vedar reservatórios de água e utilizar repelentes ou mosquiteiros são essenciais para evitar a reprodução do mosquito.

Também é fundamental que as pessoas que apresentem sintomas de dengue, como febre alta, dor de cabeça, no corpo e atrás dos olhos, manchas avermelhadas no corpo e ocorrência de vômito, procurem atendimento médico para o diagnóstico correto e a assistência adequada.

Além do caso dessa mulher, o Brasil tem enfrentado um aumento simultâneo de casos de dengue e chikungunya. Uma análise realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais e pelo Grupo Fleury revelou que os casos de chikungunya aumentaram sete vezes e os de dengue, três vezes, em 2023 em comparação a 2022.

Em Pernambuco, foram notificados, desde o início do ano, 18.569 casos de dengue e 5.085 casos de chikungunya. Os números de notificações são menores do que os registrados no ano passado, mas as autoridades de saúde alertam para a necessidade de continuar com as medidas de prevenção.

Além das arboviroses, como dengue e chikungunya, as autoridades de saúde também estão monitorando os casos de Zika em Pernambuco. Até o momento, foram notificados 881 casos, mas nenhum deles foi confirmado.

No que diz respeito às mortes por arboviroses, foram registrados seis óbitos confirmados por dengue e chikungunya em Pernambuco em 2023. Além disso, 19 mortes seguem em investigação.

Também é importante destacar o trabalho de vigilância sentinela de macacos realizado pela Secretaria Estadual de Saúde para monitorar possíveis causas de morte de primatas, como raiva, febre amarela e outras zoonoses. Em Pernambuco, não há registro da circulação da febre amarela desde a década de 1930. No entanto, os órgãos ambientais e as vigilâncias municipais e estaduais já receberam quatro casos suspeitos de epizootias envolvendo primatas não humanos.

É fundamental que a população esteja ciente dos riscos das arboviroses e que adote medidas de prevenção, além de buscar atendimento médico ao apresentar sintomas suspeitos. Ações de controle do mosquito transmissor e investimentos em saúde pública são essenciais para combater essas doenças e evitar novas mortes.

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