Presidente eleito da Guatemala denuncia ‘golpe’ para impedi-lo de assumir; futuro governo enfrenta desafios antes mesmo de começar.

O presidente eleito da Guatemala, Bernardo Arévalo, revelou em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (1º) a existência de um plano de golpe de Estado para impedir que ele assuma a presidência em janeiro de 2024. Arévalo, que é filiado ao partido Semente, venceu o segundo turno das eleições em 20 de agosto, mas teve seu partido inabilitado pela justiça quatro dias antes do anúncio.

Segundo o presidente eleito, há um grupo de políticos e funcionários corruptos que se recusa a aceitar o resultado das eleições e está tentando romper a ordem constitucional e violar a democracia. Arévalo afirmou que está ocorrendo um golpe em curso e que medidas serão tomadas para garantir que a vontade do povo seja respeitada.

Os detalhes sobre o plano de golpe de Estado ainda não foram divulgados por Arévalo, mas ele garantiu que todas as informações serão passadas para as autoridades competentes e que os responsáveis serão punidos. O presidente eleito ressaltou ainda que está em contato com líderes e organizações internacionais para buscar apoio e garantir a estabilidade democrática no país.

A Guatemala tem um histórico conturbado com golpes de Estado e instabilidade política. Durante a Guerra Civil Guatemalteca, que durou de 1960 a 1996, o país viveu momentos de grande violência e repressão. Desde então, a democracia tem sido constantemente ameaçada por interesses políticos e econômicos.

Arévalo, que é visto como um representante da nova geração de políticos guatemaltecos comprometidos com a luta contra a corrupção e a desigualdade, terá um desafio pela frente ao assumir a presidência. Ele terá que enfrentar a resistência dos grupos corruptos e garantir que as reformas necessárias sejam implementadas para promover o desenvolvimento e o bem-estar do povo guatemalteco.

Espera-se que a revelação do plano de golpe de Estado por parte do presidente eleito gere uma mobilização popular em defesa da democracia e pressione as autoridades a agirem para evitar que o país volte aos tempos sombrios de sua história. A comunidade internacional também deve acompanhar de perto os acontecimentos na Guatemala e oferecer seu apoio para garantir a governabilidade e o respeito aos direitos humanos no país.

Bernardo Arévalo assume a presidência em janeiro de 2024 e terá um mandato de quatro anos para implementar suas propostas e enfrentar os desafios que se apresentarem. O povo guatemalteco espera que ele cumpra suas promessas e consiga promover as mudanças necessárias para transformar a realidade do país.

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