O arqueólogo japonês Shinya Watanabe explicou que o sítio arqueológico do período Wari possui uma antiguidade entre 800 e 1000 anos d.C. e está localizado na região de Cajamarca, a cerca de 900 km ao norte de Lima.
No local foram encontradas duas câmaras funerárias subterrâneas, onde eram colocadas as múmias e oferendas aos ancestrais. Além disso, foram encontradas conchas de molusco, fragmentos de cerâmica e um prato trípode. Também foram descobertos um fardo de um personagem feminino, um vaso cerimonial Wari preto com inscrições, dois instrumentos musicais de sopro em cerâmica e dois suportes de cobre.
Watanabe ressaltou a importância da descoberta, destacando que os arqueólogos buscavam evidências da cultura Wari. O local revelou-se um centro cerimonial dedicado ao culto dos ancestrais, onde vivia uma grande quantidade de pessoas de múltiplas origens.
Judith Padilla, da Direção Desconcentrada de Cultura de Cajamarca, destacou que essa descoberta permite entender o estilo de vida e as práticas rituais das sociedades antigas que habitaram o território peruano, contribuindo para a compreensão das práticas atuais.
A descoberta foi realizada no vale de Jequetepeque, na província de San Miguel, em Cajamarca, pelo Projeto de Pesquisa Arqueológica Terlén-La Bomba. O Ministério da Cultura afirmou que o principal objetivo da investigação é entender o sistema sociopolítico da cultura Cajamarca durante o Horizonte Médio e sua relação com a cultura Wari.
A cultura Wari floresceu no norte do Peru entre os séculos VII e XIII, deixando um legado significativo na região. A descoberta desse sítio arqueológico pré-hispânico contribui para enriquecer ainda mais o conhecimento sobre essa cultura ancestral e sua relação com a sociedade peruana atual.
