Incêndio arrasa 302 balsas de garimpo em operação de fiscalização da PF, causando devastação no Rio Madeira, no Amazonas.

Uma operação conjunta da Polícia Federal e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) resultou na destruição de 302 balsas utilizadas para o garimpo ilegal no Rio Madeira, no estado do Amazonas. A ação, chamada de Operação Draga Zero, teve como objetivo combater essa prática criminosa que causa danos ao meio ambiente e à saúde pública.

Durante a operação, os policiais federais percorreram aproximadamente 1,5 mil quilômetros do Rio Madeira, passando por cinco municípios: Autazes, Nova Olinda do Norte, Borba, Novo Aripuanã e Manicoré. Essas regiões têm sido alvos frequentes do garimpo ilegal, que além de contaminar o rio com substâncias tóxicas como mercúrio e cianeto, também interfere na cultura de povos tradicionais, chegando a invadir áreas indígenas.

As balsas são estruturas chamadas de dragas, que são utilizadas para a extração de ouro e outros minérios do leito dos rios. Nas imagens divulgadas pela Polícia Federal, é possível ver as balsas em chamas no Rio Madeira, resultado da destruição realizada durante a operação.

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Federal, essa atividade ilegal não apenas causa danos ao meio ambiente e à saúde pública, mas também viola os direitos dos povos tradicionais, que têm suas terras invadidas pelos garimpeiros. A operação Draga Zero visa combater esse tipo de crime e garantir a preservação do meio ambiente e a proteção dos povos indígenas.

O garimpo ilegal é uma prática recorrente na região amazônica e tem consequências graves para a biodiversidade e para as comunidades locais. Além da contaminação dos rios, o desmatamento e a destruição de áreas naturais são outras consequências desse crime.

A destruição das balsas é um passo importante no combate ao garimpo ilegal no Rio Madeira, porém, é necessário continuar com a fiscalização e intensificar as ações para coibir essa prática e responsabilizar os envolvidos. A preservação da Amazônia e a proteção dos povos tradicionais dependem do combate efetivo ao garimpo ilegal e de medidas que promovam o desenvolvimento sustentável da região.

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