Os resultados do estudo, publicado na revista científica JAMA Network Open, revelaram que apenas 59% das respostas dos assistentes de voz incluíam informações relacionadas à RCP e apenas cerca de um terço dessas respostas forneceram instruções precisas de como realizar a manobra. Dos assistentes de voz testados, o Alexa forneceu instruções de RCP com mais frequência, porém, apenas em formato textual, o que poderia dificultar a realização da ação de primeiros socorros, já que a pessoa precisaria parar para ler as instruções.
Além disso, o estudo apontou que apenas 28% das respostas dos assistentes de voz sugeriram ligar para os serviços de emergência, o que poderia resultar em atrasos no contato com cuidados médicos adequados.
Os pesquisadores ressaltaram a importância de priorizar a chamada para os serviços de emergência em situações que necessitem de RCP, em vez de depender dos assistentes de voz. Ainda mais considerando que leigos podem não reconhecer corretamente uma pessoa em parada cardíaca.
O estudo também incluiu o ChatGPT versão 3.5 (OpenAI) e constatou que o programa forneceu informações relevantes de RCP para todas as consultas e instruções textuais em 75 delas.
Concluindo, os resultados indicam que os assistentes de voz podem não ser a opção mais confiável em casos de emergência, como parada cardíaca, quando há a necessidade de realizar a RCP. A chamada para os serviços de emergência deve ser priorizada, pois garante um contato direto com profissionais de saúde que podem fornecer orientações adequadas e imediatas.
É importante lembrar que a RCP é uma técnica que pode salvar vidas em situações de emergência, mas para execução adequada é necessário treinamento e prática. A conscientização sobre a importância do treinamento em primeiros socorros e o acesso a informações corretas são fundamentais para aumentar a taxa de sobrevivência em casos de parada cardíaca fora do hospital.
