Após um mês de fechamento, o Níger reabre seu espaço aéreo, permitindo a retomada das operações de voos.

O governo do Níger, que chegou ao poder por meio de um golpe de Estado, anunciou nesta segunda-feira (4) a reabertura do espaço aéreo do país para voos comerciais. A decisão ocorre após o fechamento do espaço aéreo, que estava em vigor desde o dia 6 de agosto. A informação foi divulgada pela Agência de Imprensa do Níger (ANP).

De acordo com um porta-voz do Ministério dos Transportes citado pela ANP, “o espaço aéreo da República do Níger está aberto a voos comerciais nacionais e internacionais”. No entanto, é importante ressaltar que o espaço aéreo continua fechado para voos militares e outras operações especiais, que necessitam de autorização das autoridades competentes.

O governo militar do Níger havia fechado o espaço aéreo em agosto, alegando ameaça de intervenção de países vizinhos. Poucas semanas após o golpe de Estado, a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) ameaçou intervir militarmente no Níger.

As fronteiras aéreas e terrestres do país foram fechadas em 27 de julho, um dia após o golpe, mas já foram reabertas com cinco países vizinhos: Argélia, Burkina Faso, Líbia, Mali e Chade. A Cedeao impôs sanções econômicas ao Níger com o objetivo de enfraquecer o novo regime militar e apoiar o retorno do presidente deposto, Mohamed Bazoum, ao poder.

Com a reabertura do espaço aéreo, espera-se que o país retome suas atividades comerciais e, aos poucos, recupere sua normalidade. A medida é importante para o Níger, que depende bastante do transporte aéreo para a movimentação de pessoas e mercadorias.

É necessário ressaltar que o contexto político no Níger ainda é incerto, visto que o atual governo é resultado de um golpe de Estado e enfrenta desafios tanto internamente quanto externamente. A comunidade internacional segue acompanhando a situação e espera que o país encontre uma solução pacífica e democrática para seus conflitos internos e que respeite os princípios de governança e liberdades fundamentais.

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