De acordo com o governador Wilinton Rodríguez, o grupo armado ELN e o Estado Maior Central (EMC) das dissidências das Farc são responsáveis pelos confrontos. Ambas as organizações ilegais estão buscando um acordo de desarmamento com o presidente Gustavo Petro. No entanto, mesmo com a aproximação do governo de esquerda, os confrontos entre os dois grupos continuam, especialmente em Arauca, um território-chave para o tráfico de cocaína e minerais extraídos ilegalmente.
Um vídeo divulgado nas redes sociais mostrou um comandante dissidente das Farc pedindo ajuda humanitária para atender os guerrilheiros do ELN feridos em combate. Esse pedido de ajuda incomum chamou a atenção da Cruz Vermelha Internacional e de uma comissão do governo, que foram solicitados a prestar auxílio aos combatentes lesionados.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) confirmou sua participação na remoção de pessoas feridas em combate na zona rural de Arauca, mas não divulgou o número nem se eram combatentes ou civis.
Esses confrontos entre o ELN e as dissidências das Farc não são novidade. Em janeiro deste ano, 23 pessoas morreram em combates entre as duas organizações, o que obrigou centenas de habitantes da região a se deslocarem.
Atualmente, há um cessar-fogo entre o ELN e as forças de segurança colombianas. No último sábado, os dissidentes do EMC concordaram em retomar a trégua suspensa em maio, mas o início dessa medida ainda não foi especificado.
Segundo dados oficiais, o ELN é atualmente o maior grupo ilegal na Colômbia, com 5.851 membros. Já as dissidências das Farc contam com 3.540 membros, e seu poder vem crescendo devido ao recrutamento forçado.
É importante ressaltar que essas informações não foram oficialmente divulgadas. Portanto, é necessário aguardar comunicados oficiais para obter mais detalhes sobre os confrontos na Colômbia.
