Em relação a julho do ano passado, o setor apresentou uma queda de 1,1%. Além disso, no acumulado do ano, a produção industrial apresenta uma queda de 0,4%. No entanto, considerando o período de 12 meses, a indústria permanece estável.
Segundo o pesquisador do IBGE, André Macedo, a indústria brasileira encontra-se 2,3% abaixo do patamar pré-pandemia, ou seja, de fevereiro de 2020. Além disso, está 18,7% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.
A pesquisa revelou que, das 25 atividades industriais pesquisadas, 15 apresentaram queda na produção de junho para julho deste ano. Os principais recuos foram observados nos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,5%), indústrias extrativas (-1,4%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,1%) e máquinas e equipamentos (-5%).
Por outro lado, nove atividades tiveram um aumento na produção. Destacam-se os produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,2%), produtos alimentícios (0,9%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,7%).
Ao analisar as quatro grandes categorias econômicas da indústria, constatou-se que três delas apresentaram queda de junho para julho. Os bens de capital, ou seja, as máquinas e equipamentos utilizados no setor produtivo, tiveram uma queda de 7,4%. Os bens de consumo duráveis apresentaram uma queda de 4,1%, enquanto os bens intermediários, que são os insumos industrializados utilizados no setor produtivo, tiveram uma queda de 0,6%. Somente os bens de consumo semi e não duráveis tiveram um aumento no período, com uma alta de 1,5%.
Esses dados refletem a atual situação da indústria brasileira, que continua enfrentando desafios e obstáculos para se recuperar completamente da crise causada pela pandemia da Covid-19. A queda na produção industrial pode ter impactos significativos na economia do país, afetando o mercado de trabalho e o crescimento econômico. Resta aguardar para ver se essa tendência se manterá nos próximos meses ou se a indústria conseguirá se recuperar.