PE registra segunda morte por meningite em 2022, confirma autoridade de saúde. Trata-se de uma preocupante situação do estado.

No último domingo, Pernambuco confirmou a segunda morte por meningite no estado este ano. A vítima foi uma mulher de 39 anos que residia na cidade de Arcoverde, localizada no Sertão. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), o óbito foi causado pela bactéria Neisseria meningitidis (meningococo), especificamente do sorogrupo C – o tipo mais frequente entre os cinco sorogrupos existentes (A, B, C, W e Y).

Esta é a segunda morte registrada por meningite em 2023 no estado. A primeira vítima foi um menino de 4 anos, residente em Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana do Recife. O garoto faleceu devido a complicações causadas pela meningite do sorogrupo B.

De acordo com a SES-PE, até a semana epidemiológica 34 (26 de agosto), foram notificados 22 casos da doença em Pernambuco este ano. Desses, 12 foram confirmados, 6 descartados e 4 ainda estão em investigação. Os casos confirmados foram distribuídos nas seguintes cidades: Cabo de Santo Agostinho (2), Igarassu (2), Itapissuma (1), Paulista (1), Recife (1), Agrestina (1), Arcoverde (1), Buíque (1) e Lagoa Grande (1).

Segundo o relatório epidemiológico da secretaria, não houve registros de mortes por meningite em 2022, apesar das 20 notificações. Dentre os casos, 13 foram confirmados e 7 descartados.

A SES-PE ressaltou que a meningite meningocócica é uma doença endêmica e, para reduzir os casos, a vacina Meningo C foi instituída em 2010. A meningite é uma infecção das membranas que recobrem o cérebro e é mais comum em crianças com até 5 anos. A vacinação é a principal forma de prevenção e desde 2010 faz parte do calendário infantil do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

No PNI, a vacina meningocócica C está disponível para crianças e adolescentes. Na infância, são aplicadas três doses, sendo a primeira aos 3 meses, a segunda aos 5 meses e um reforço aos 12 meses. Já na adolescência, é oferecida uma dose da vacina meningocócica conjugada ACWY entre os 11 e 12 anos, que pode ser aplicada como reforço ou dose única, dependendo da situação vacinal.

A transmissão do meningococo ocorre por meio de secreções respiratórias e saliva, durante o contato próximo ou prolongado com o portador. Os principais sintomas da meningite incluem febre alta e repentina, dor de cabeça intensa, rigidez do pescoço, vômitos e, em alguns casos, sensibilidade à luz e confusão mental.

Com a confirmação de mais uma morte por meningite em Pernambuco, a importância da vacinação e da prevenção da doença ganha ainda mais relevância, especialmente entre crianças e adolescentes. É fundamental que a população esteja atenta aos sintomas e busque atendimento médico o mais rápido possível caso haja suspeita de meningite. A prevenção, por meio da vacinação e da adoção de medidas de higiene, continua sendo a melhor forma de combater a doença.

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