De acordo com Bruno Henrique, gerente de Marketing e Conteúdo na GL Events Brasil, empresa organizadora da Bienal em parceria com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), sempre foi um desejo ter esse espaço. Ele ressalta que o segmento de história em quadrinhos tem crescido bastante no Brasil nos últimos anos e não poderia ficar de fora da Bienal.
Apesar de ainda ser um espaço modesto diante do número crescente de quadrinistas e ilustradores no país, o Artists Alley marca um primeiro passo para que esse espaço oficial seja mantido nas próximas edições da Bienal e que cresça cada vez mais. Neste ano, 31 artistas estão participando do evento.
O Artists Alley celebra a fusão entre literatura e arte, permitindo que os leitores interajam diretamente com seus ilustradores e quadrinistas favoritos e acompanhem o processo criativo de cada um deles. Os estandes dos autores independentes estão localizados na Rua Z do Pavilhão Verde.
Esse espaço tem atraído bastante público, principalmente fãs de quadrinhos. Além de visitar os estandes, os visitantes também podem participar de sessões com os autores de histórias em quadrinhos. O objetivo é mostrar que esse formato de leitura é tão importante quanto os outros.
Segundo Bruno Henrique, o resultado tem sido muito satisfatório, com muitas vendas por parte dos quadrinistas. Muitos artistas independentes começam a expor seus trabalhos em blogs e nas redes sociais e acabam ganhando reconhecimento e vendendo bastante. Ele destaca que a leitura de quadrinhos vai muito além dos heróis Marvel e do grande ilustrador brasileiro Maurício de Sousa.
Um dos quadrinistas presentes no Artists Alley é Gustavo Borges, autor das webcomics A Entediante Vida de Morte Crens e Edgar. Ele comemora dez anos de carreira profissional em 2023 e está feliz pela oportunidade de participar da Bienal. Gustavo destaca que a experiência tem sido positiva e que está alcançando um público novo que gosta de literatura e é apaixonado pelo evento.
Outro quadrinista independente presente é Rapha Pinheiro, conhecido por sua HQ Os Tomos de Tessa. Ele ressalta a importância desse espaço na Bienal não só para as pessoas que gostam de literatura conhecerem quadrinhos, mas também para que os artistas locais, que muitas vezes fazem sucesso fora do país, sejam conhecidos pelo público brasileiro.
O Artists Alley da Bienal do Livro do Rio de Janeiro tem proporcionado uma experiência única para os fãs de quadrinhos, que podem conhecer e interagir diretamente com seus artistas favoritos. Além disso, essa iniciativa valoriza e incentiva a produção nacional de histórias em quadrinhos.
