A França foi acusada pelo Níger de enviar tropas para uma intervenção militar na região.

O regime militar do Níger acusou a França de enviar forças para vários países da África Ocidental com o intuito de realizar uma intervenção militar no Níger. Segundo o Coronel Major Amadou Abdramane, a França está deslocando suas forças para a Costa do Marfim, Senegal e Benin como parte dos preparativos para essa agressão. Essa implantação militar ocorre após o golpe de Estado ocorrido em julho, no qual a CEDEAO ameaçou intervir militarmente no Níger.

As relações entre os militares nigerianos e a França têm se deteriorado desde a deposição do presidente Mohamed Bazoum. A junta militar que assumiu o poder no país quer a saída do contingente francês e anunciou que se retiraria dos acordos de cooperação assinados com Paris. O regime também alegou que houve uma reunião entre o chefe do Estado-Maior do Níger e o comandante das forças francesas no Sahel para discutir um plano de retirada das capacidades militares francesas.

No final de agosto, a chancelaria golpista expulsou o embaixador da França no país, acusando-o de se recusar a responder a um convite para uma entrevista e de realizar outras ações contrárias aos interesses do Níger. Desde o golpe, têm ocorrido declarações e manifestações contra a França no país, acusando-os de preparar uma intervenção militar para devolver o poder a Bazoum e de manipular a CEDEAO. A entidade impôs sanções econômicas e financeiras ao Níger e aprovou um plano operacional para intervir militarmente no país.

É importante ressaltar que a França foi a antiga potência colonial na região e mantém tropas no país até hoje. Com 1.500 soldados anti-jihadistas, a França apoiou a decisão da CEDEAO de intervir militarmente no Níger. No entanto, essa intervenção é vista pelo regime militar como uma tentativa de reinstalar Bazoum no poder.

A situação no Níger continua tensa e as relações entre o regime militar e a França estão cada vez mais desgastadas. É necessário acompanhar de perto os desdobramentos dessa crise e seu impacto na estabilidade da região da África Ocidental.

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