De acordo com o último balanço divulgado pelo Ministério do Interior, o terremoto deixou pelo menos 2.122 mortos e 2.421 feridos. As autoridades públicas continuam mobilizadas para acelerar as operações de resgate e evacuação dos feridos. A província de Al Haouz, epicentro do tremor, foi a mais afetada, seguida por Tarudant. Nessas áreas, o terremoto destruiu aldeias inteiras.
No sábado, muitos dos sobreviventes dirigiram-se ao cemitério para o enterro de cerca de 70 pessoas, em cerimônias devastadoras marcadas por gritos e lágrimas. O reino decretou três dias de luto nacional e líderes de todo o mundo enviaram condolências a Rabat. A Argélia, país vizinho em conflito com o Marrocos, abriu seu espaço aéreo para aviões que transportaram ajuda humanitária e resgataram os feridos.
Diversos países ofereceram ajuda ao Marrocos, incluindo Espanha, Estados Unidos, Itália, Reino Unido e Israel. A Espanha enviou uma equipe de 56 socorristas e 4 cães de busca da Unidade Militar de Emergência para Marrakech e já está preparando um segundo avião. O presidente francês, Emmanuel Macron, também declarou que a França está pronta para intervir quando as autoridades marroquinas considerarem necessário. A Cruz Vermelha Internacional alertou que as necessidades do país são enormes e preveem muitos meses e até anos de resposta.
Imagens aéreas transmitidas por canais de televisão mostraram cidades destruídas na região de Al Haouz, onde as construções são feitas de barro. O terremoto mais mortal que atingiu este reino desde o tremor que destruiu Agadir, em 1960, resultando na morte de quase 15 mil pessoas.
Diante dessa situação catastrófica, o Marrocos conta com a solidariedade e assistência internacional para enfrentar os desafios de resgate, reconstrução e apoio às vítimas. O Banco Mundial afirmou que está oferecendo todo o seu apoio ao país. A expectativa é de que os esforços de resgate e recuperação continuem nas próximas semanas para ajudar a aliviar o sofrimento da população afetada por essa tragédia.