Inicia hoje, em Brasília, a Marcha das Mulheres Indígenas, importante mobilização que reivindica direitos para essa população.

Nos dias 11 a 13 de setembro, mulheres indígenas de todo o país estarão reunidas em Brasília para a 3ª Marcha das Mulheres Indígenas. Com o tema “Mulheres Biomas em Defesa da Biodiversidade através das raízes ancestrais”, a abertura oficial do evento ocorreu no dia 10 de setembro. A marcha deste ano tem como objetivo principal a defesa dos direitos das mulheres indígenas e a preservação das culturas indígenas.

Além disso, a marcha também visa dar continuidade à luta contra o garimpo ilegal, pela demarcação de terras e pela formação política de representação indígena nos espaços de poder. A iniciativa é promovida pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga) e as atividades serão realizadas no Eixo Cultural Ibero-Americano, no centro da capital federal.

Durante os três dias de evento, estão previstas plenárias, grupos de trabalho e ações culturais. No último dia, as mulheres indígenas realizarão uma caminhada pela Esplanada dos Ministérios e terão diálogo com autoridades sobre a carta de reivindicações, que foi entregue na pré-marcha realizada em janeiro deste ano.

A Anmiga ressalta a importância da demarcação de terras indígenas como forma de garantir a continuidade da existência dos povos indígenas. Além disso, a organização destaca a importância do papel das mulheres indígenas na cura da terra e no enfrentamento à violência de gênero e ao racismo estrutural, institucional e ambiental.

Outro destaque da marcha deste ano é a presença de representantes do movimento de mulheres indígenas de outros países, como Peru, Estados Unidos, Malásia, Rússia e Nova Zelândia. Essa diversidade de participantes evidencia a universalidade das questões enfrentadas pelas mulheres indígenas, como o acesso à terra, a violência de gênero, a discriminação e a luta pela autonomia e empoderamento.

A 1ª Marcha das Mulheres Indígenas ocorreu em 2019, com o tema “Território: nosso corpo, nosso espírito”. Já a segunda edição foi realizada em 2021, com o tema “Mulheres originárias: Reflorestando mentes para a cura da Terra”.

A Marcha das Mulheres Indígenas é um evento de grande importância para a visibilidade e defesa dos direitos das mulheres indígenas, bem como para a preservação das culturas indígenas. O encontro reúne lideranças e representantes de diferentes etnias indígenas, que juntas buscam fortalecer suas lutas e reivindicações. A mobilização dessas mulheres é fundamental para a promoção da igualdade de direitos e para a conscientização sobre a importância da proteção e preservação das terras indígenas.

Portanto, a 3ª Marcha das Mulheres Indígenas marca mais um capítulo na história de luta dessas mulheres, que se recusam a ser silenciadas e continuam na busca por justiça, igualdade e respeito. A presença de representantes de outros países também mostra a união do movimento de mulheres indígenas em nível global, fortalecendo as lutas e reivindicações em prol dos direitos indígenas.

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