As eleições regionais e municipais estão acontecendo neste fim de semana em várias partes da Rússia, incluindo as quatro regiões parcialmente ocupadas da Ucrânia. Com isso, a Rússia está tentando legitimar a anexação desses territórios, que foi rejeitada pela maioria da comunidade internacional.
A presidente da Comissão Eleitoral, Ella Pamfilova, destacou que as eleições ocorreram “de maneira dinâmica, com poucas violações”. O resultado não surpreendeu, já que a oposição está fragilizada e parte de seus líderes está presa.
Em Moscou, o prefeito atual, Serguei Sobianin, do partido de Putin, foi reeleito.
Essas eleições marcam as primeiras realizadas na Rússia desde o início da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022. No entanto, as eleições estão sendo criticadas por diversos países e organizações internacionais, que consideram a ocupação ilegal das regiões da Ucrânia por parte da Rússia.
A Ucrânia já se manifestou, chamando as eleições de “falsas” e acusando a Rússia de tentar legitimar sua ocupação. O governo ucraniano afirma que não reconhecerá os resultados das eleições e continuará lutando pela soberania de seus territórios.
Além disso, a comunidade internacional também demonstrou preocupação com a falta de garantias democráticas e liberdade no processo eleitoral russo. Muitos líderes políticos e organizações de direitos humanos alegam que há restrições à participação e pressão sobre a oposição.
No entanto, o governo russo insiste que as eleições são legítimas e que refletem a vontade do povo nas regiões ocupadas. O presidente Putin também tem reiterado que a Rússia apenas protege os interesses dos falantes de russo nessas regiões, que estão enfrentando discriminação e repressão por parte do governo ucraniano.
É importante ressaltar que as tensões entre Rússia e Ucrânia têm aumentado nos últimos anos, especialmente desde a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014. A ocupação das regiões de Donetsk e Lugansk também tem sido uma fonte de conflito e preocupação internacional.
Neste contexto, as eleições locais na Ucrânia ocupada pela Rússia representam mais um capítulo dessa disputa e geram novos questionamentos sobre a legalidade e legitimidade da ação russa. Enquanto a Rússia tenta consolidar seu controle sobre essas regiões, a Ucrânia e outros países continuam a denunciar a ocupação e lutar pela soberania do território ucraniano.
