Em seu discurso, o senador destacou alguns acontecimentos que ocorreram durante a semana em que se comemora a Independência do Brasil e fez diversas críticas. Uma delas foi a sugestão do presidente Lula de não tornar públicos os votos dos ministros do STF. Para Girão, essa proposta é uma forma de privar a população de um instrumento fundamental de fiscalização dos atos da Corte, principalmente em relação a assuntos que afetam toda a sociedade brasileira.
O senador também criticou a postura de Lula diante das enchentes recentes no Rio Grande do Sul. Segundo Girão, o presidente não visitou a região afetada pelas enchentes, optando por participar de uma reunião do G-20 na Índia. Essa atitude foi comparada por Girão com o comportamento de Lula durante seu segundo mandato, quando ele cancelou sua participação em uma reunião do mesmo G-20 para visitar o Nordeste, que na época enfrentava graves enchentes.
Outro ponto abordado por Girão foi a decisão do ministro do STF, Dias Toffoli, de anular todas as provas provenientes do acordo de leniência entre a empresa Odebrecht e a Operação Lava Jato. O senador considerou essa decisão “deplorável” e ressaltou o papel fundamental desempenhado pela Operação Lava Jato no combate à corrupção no Brasil. Ele também criticou a tentativa de apagar esse escândalo histórico e destacou os resultados alcançados pela operação, que já recuperou mais de R$15 bilhões desviados dos cofres públicos, sendo que R$6 bilhões já retornaram ao Brasil.
Diante de tudo isso, Girão afirmou que é hora de coragem por parte daqueles que querem promover mudanças positivas no país. Enquanto muitas autoridades preferem se omitir diante dos abusos, a Associação dos Juízes Federais do Brasil e a Associação Nacional dos Procuradores da República se posicionaram oficialmente contra essa decisão. Para o senador, essa é uma boa notícia e um sinal de que é preciso agir.
Nesse contexto, Girão defende que é necessário que a população brasileira retome sua participação ativa na política, manifestando sua insatisfação nas ruas. Ele acredita que somente dessa forma será possível pressionar o governo federal e o STF a agirem de forma mais responsável e alinhada com os anseios da população. O senador concluiu seu pronunciamento pedindo coragem aos “homens de bem” para lutarem por um Brasil melhor.
