A vacina contra hepatite B se destaca por ser a primeira a prevenir efetivamente um tipo específico de câncer.

A hepatite B é uma doença causada pelo vírus HBV que pode levar a complicações graves, como cirrose e câncer de fígado. A vacina contra a hepatite B, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), é considerada a principal forma de prevenção contra essa doença, que pode ser transmitida de diversas maneiras, como através do contato com o sangue, relações sexuais e da mãe para o bebê durante a gestação.

A vacina contra a hepatite B foi a primeira vacina disponibilizada para prevenir um tipo de câncer, devido ao fato de que o vírus HBV é o principal causador de câncer de fígado. A vacinação tem sido eficaz na redução dos casos de hepatite B, cirrose e câncer de fígado. A adesão à vacina na infância é mais fácil, já que é feita juntamente com outras vacinas nos primeiros meses de vida, podendo ser administrada logo após o nascimento. Além disso, as crianças possuem uma resposta imunológica de 100% contra a hepatite B e a proteção é para toda a vida.

É importante ressaltar que a vacinação contra a hepatite B não é apenas para prevenir a infecção sexualmente transmissível, mas também para evitar a transmissão vertical, ou seja, da mãe para o bebê. Por isso, a vacina é recomendada logo após o parto, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida do recém-nascido.

O calendário vacinal da criança prevê a proteção contra a hepatite B através da vacina pentavalente, que deve ser aplicada aos 2, 4 e 6 meses de idade. Já a partir dos 7 anos completos, quando não há comprovação vacinal ou quando o esquema vacinal está incompleto, é recomendada a administração de três doses da vacina específica da hepatite B, com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda dose, e de 6 meses entre a primeira e a terceira dose.

A vacina contra a hepatite B possui alguns efeitos e eventos adversos considerados raros, como dor, inchaço e vermelhidão no local da aplicação, febre, cansaço, tontura, dor de cabeça, irritabilidade e desconforto gastrintestinal. Eventos adversos mais graves, como anafilaxia, são extremamente raros.

No Brasil, o vírus HBV é responsável por um terço dos casos de hepatite notificados e está relacionado a um quinto das mortes por hepatite entre 2000 e 2017. A maioria dos casos é assintomática e o diagnóstico é feito décadas após a infecção, quando já há sinais de doenças do fígado. A hepatite B não possui cura, e o tratamento disponibilizado no SUS é focado em reduzir a progressão da doença e as complicações associadas.

Em resumo, a vacinação contra a hepatite B é fundamental tanto para prevenir a infecção sexualmente transmissível quanto para evitar a transmissão vertical. A adesão na infância é mais fácil e as crianças possuem uma excelente resposta imunológica contra o vírus. A vacina também está disponível para adolescentes, adultos e gestantes. Apesar de raros, os eventos adversos relacionados à vacina são geralmente leves e autolimitados. A hepatite B é uma doença séria e sem cura, por isso a prevenção através da vacinação é fundamental.

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