Indivíduo detido após abusar sexualmente de jornalista durante transmissão ao vivo na Espanha.

Um homem foi preso na Espanha após apalpar ao vivo as nádegas de uma repórter de televisão, na última terça-feira (12). A prisão aconteceu logo após a polêmica sobre o beijo não consentido do presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) em uma jogadora. A Polícia Nacional espanhola informou sobre a prisão por agressão sexual em um post nas redes sociais, acompanhado de um vídeo da detenção.

Desde uma recente reforma no Código Penal espanhol, todo abuso sexual pode ser considerado agressão sexual, um tipo penal que abrange todos os tipos de violência sexual. O caso em questão ocorreu enquanto a repórter Isa Balado comentava algumas prisões em Madri, quando um jovem se aproximou por trás e apalpou suas nádegas, conforme mostram as imagens do programa “En boca de todos”, do canal Cuatro.

Ao ser questionada pelo apresentador do programa se o jovem havia tocado em suas nádegas, a repórter confirmou e questionou o agressor sobre a necessidade dele de fazer isso. Antes de se retirar, o jovem ainda acariciou os cabelos da jornalista.

A repercussão do caso foi imediata, com o apresentador do programa, Diego Losada, pedindo que a lei seja aplicada com rigor sobre o agressor. A ministra da Igualdade em exercício, Irene Montero, também se manifestou nas redes sociais, afirmando que toques não consensuais são violência sexual e pedindo o fim da impunidade.

Este episódio acontece logo após a renúncia do presidente da RFEF, Luis Rubiales, por ter beijado a jogadora Jenni Hermoso na boca sem seu consentimento, após a vitória da Espanha na Copa do Mundo Feminina na Austrália. O beijo causou comoção nacional e internacional e levou à renúncia de Rubiales, que terá que prestar esclarecimentos sobre o caso perante um juiz na sexta-feira.

Os casos de agressão sexual têm sido frequentes e despertam debates sobre a necessidade de ações mais efetivas para combater esse tipo de violência. A sociedade espanhola clama por um maior rigor na aplicação da lei e pelo fim da impunidade, para garantir o direito à liberdade sexual de todas as mulheres. A esperança é que episódios como esses sejam cada vez menos tolerados e que as vítimas encontrem apoio e justiça.

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