De acordo com a PRF, os policiais estavam realizando uma fiscalização próxima à entrada de Santo Aleixo quando encontraram as três adolescentes descalças, pedindo ajuda na rodovia. Elas estavam com fome e sede e, inicialmente, disseram ser originárias de Tacaimbó, município situado no Sertão de Pernambuco.
Comovidos com a situação das jovens, os policiais acolheram-nas e providenciaram alimentação para elas. Porém, posteriormente, as adolescentes revelaram que na verdade não residiam em Tacaimbó e que haviam fugido de um abrigo na capital pernambucana.
A PRF encaminhou as meninas ao Conselho Tutelar, que confirmou a veracidade da informação e ficou responsável por adotar os procedimentos adequados para a situação. A identidade das adolescentes não foi divulgada.
A fuga de adolescentes de abrigos é uma situação recorrente no estado de Pernambuco. A falta de estrutura e de acompanhamento adequado nos abrigos são apontadas como fatores que contribuem para esse fenômeno. Muitas vezes, os jovens enfrentam problemas familiares e recorrem aos abrigos em busca de assistência e proteção, mas acabam encontrando uma realidade diferente da que esperavam.
O Conselho Tutelar é o órgão responsável por zelar pelos direitos das crianças e adolescentes e, nesse caso, ficou encarregado de tomar as medidas necessárias para garantir o bem-estar e a segurança das jovens. É importante que as instituições responsáveis pelo acolhimento desses adolescentes estejam preparadas para oferecer suporte emocional, psicológico e social, visando a reintegração familiar ou a busca por uma nova família substituta.
Fugir de um abrigo é uma decisão desesperada e muitas vezes perigosa para os adolescentes. É fundamental que haja um trabalho conjunto entre os órgãos competentes, como a PRF e o Conselho Tutelar, para garantir a proteção e o direito à dignidade desses jovens em situação de vulnerabilidade. Medidas preventivas também devem ser tomadas para evitar que mais casos como esse ocorram no futuro.