O diretor de Políticas e Programas de Educação Superior do MEC, Alexandre Fonseca, fez o anúncio durante o seminário Diálogo sobre a reconstrução do Fies, promovido pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes). Segundo ele, cerca de metade das vagas tem sido preenchida nos últimos anos e as vagas remanescentes foram descontinuadas. A previsão é de que o Fies seja reaberto em setembro, no mais tardar no início de outubro, destinando-se a alunos já matriculados em instituições de ensino superior.
As vagas remanescentes são aquelas que não foram ocupadas durante o processo seletivo regular, devido à desistência dos candidatos pré-selecionados ou por falta de documentação na contratação do financiamento. Fonseca destacou a importância de pensar o Fies em conjunto com outras políticas de acesso ao ensino superior, como o Sisu e o ProUni, que também enfrentaram quedas tanto no número de inscritos quanto no percentual de vagas ocupadas.
O diretor ressaltou que é necessário ampliar o acesso ao ensino superior, mas antes é preciso compreender as razões para a diminuição. Ele mencionou a pandemia e o período em que o governo federal considerou as universidades como inimigas como possíveis fatores que contribuíram para essa redução.
O Fies é um programa de gestão compartilhada, com a participação da Caixa Econômica Federal, por exemplo. O MEC é responsável pelo processo seletivo. A pasta informou que os detalhes e prazos das vagas remanescentes serão anunciados assim que todas as informações sobre o novo processo de convocação forem consolidadas.
Atualmente, o MEC está discutindo a reconstrução do Fies, que foi criado em 1999 e oferece financiamento a estudantes em instituições privadas de ensino. O programa enfrentou uma série de mudanças e cortes desde 2015, devido à alta inadimplência. Para retomar o caráter social do Fies, o MEC lançará em breve o Fies Social, que cobrirá 100% dos custos das mensalidades em instituições privadas de ensino superior.