De acordo com Guterres, a humanidade enfrenta desafios enormes, desde a emergência climática até conflitos cada vez mais intensos, passando pela crise global da inflação, o aumento das desigualdades e as perturbações tecnológicas. Diante desse cenário preocupante, ele ressaltou que as pessoas esperam que seus líderes encontrem uma saída para a situação de crise em que se encontram.
O secretário-geral também lamentou a fragmentação do mundo, que reduz a capacidade de resposta a essas crises. Ele enfatizou que é necessário uma unidade global para enfrentar os desafios e tomar medidas efetivas para solucionar os problemas que ameaçam a humanidade.
Um dos pontos destacados por Guterres foi a guerra na Ucrânia, que é um fator chave para o agravamento das divisões geopolíticas. O secretário-geral ressaltou a importância de uma solução pacífica na Ucrânia, de acordo com a Carta da ONU e o Direito Internacional, como forma de reduzir essas divisões. No entanto, ele expressou seu pessimismo em relação a essa possibilidade, afirmando que ainda estamos longe de uma situação em que isso seja possível.
Guterres revelou que na próxima semana ocorrerá uma reunião com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, para discutir essa questão. Ele reiterou sua determinação em relançar a Iniciativa do Mar Negro, que permitiria a exportação de cereais ucranianos pelo Mar Negro de forma segura.
A Rússia retirou-se desse acordo fundamental em julho, o que afeta o abastecimento global de cereais. O país argumentou que as avaliações internacionais prejudicam a exportação de seus próprios produtos agrícolas e fertilizantes. Diante desse impasse, o secretário-geral da ONU está empenhado em encontrar uma solução negociada para resolver a situação e garantir o fornecimento de alimentos para toda a população.
Diante desse ambiente de múltiplas crises, a Assembleia Geral da ONU se apresenta como uma oportunidade crucial para os líderes mundiais encontrarem soluções conjuntas e definirem ações efetivas para enfrentar os desafios que estão colocando em risco o futuro do planeta e de toda a humanidade. Resta saber se os líderes estarão dispostos a deixar de lado suas diferenças e trabalhar em prol de um futuro mais seguro e sustentável.
