Imagens dos confrontos circularam nas redes sociais, porém, até o momento não foi divulgado um balanço oficial dos acontecimentos no Parque Nacional Yapacana. A ONG Foro Penal informou que os confrontos deixaram mortos e civis feridos, mas ainda não conseguiu determinar o número exato.
De acordo com informações do chefe do Comando Estratégico Operacional das Forças Armadas, general Domingo Hernández Lárez, desde 1º de julho mais de 11.594 garimpeiros ilegais foram retirados do Parque Nacional Yapacana por desrespeitar o ordenamento territorial venezuelano. Durante as operações, cerca de 41 garimpeiros foram presos em flagrante.
A reserva do Parque Yapacana vem sofrendo há anos com a presença de garimpeiros ilegais, que estão envolvidos em desmatamento, queimadas florestais, contaminação das fontes de água e perfurações subterrâneas. Além disso, eles utilizam mangueiras de alta pressão e maquinaria para remover a camada vegetal e utilizam agentes poluentes, causando danos ambientais irreparáveis.
Segundo a ONG SOS Orinoco, até agosto de 2023, cerca de 23 minas ilegais afetaram 3.316 hectares do Parque Yapacana. Os garimpeiros desalojados são tanto locais como estrangeiros, vindos da Colômbia, Brasil e Equador.
A extração ilegal de ouro tem sido uma questão preocupante na Venezuela, pois além dos danos ambientais, também alimenta a violência na região. As Forças Armadas têm realizado operações para combater essa prática, porém, ainda enfrentam resistência por parte dos garimpeiros ilegais.
