Essas reuniões ocorreram pouco antes de Cuba sediar a cúpula do G77+China, um grupo composto por cerca de cem países da Ásia, África e América Latina, que tem como objetivo promover uma “ordem internacional menos injusta”. O encontro de representantes de alto nível entre os EUA e Cuba é incomum, mesmo quando os dois países mantêm diálogos regulares sobre questões migratórias e combate ao crime internacional.
Vale lembrar que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, encerrou a política de abertura em relação a Cuba iniciada por seu antecessor, Barack Obama, e colocou novamente a ilha comunista na lista de países que apoiam o terrorismo. Esta lista também inclui o Irã, Coreia do Norte e Síria. Por sua vez, o presidente Joe Biden prometeu rever essa política quando assumiu a Casa Branca, mas seus posicionamentos se tornaram mais rígidos após as manifestações antigovernamentais em Cuba no ano passado.
Cuba considera a remoção da lista de países apoiadores do terrorismo uma prioridade e critica a falta de vontade política da administração Biden antes das eleições presidenciais americanas de 2024. No entanto, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, afirmou que ainda não foi tomada nenhuma decisão sobre a remoção de Cuba da lista.
Vale ressaltar que desde 1962, os Estados Unidos impuseram um embargo comercial e financeiro a Cuba, que continua em vigor até os dias atuais.
Portanto, as negociações entre os EUA e Cuba sobre a remoção da lista de países que apoiam o terrorismo ainda não avançaram de forma significativa. O encontro entre o diplomata cubano e os funcionários americanos foi pouco comum, e a administração Biden ainda não tomou uma decisão sobre o assunto. Enquanto isso, Cuba continua pressionando pela remoção da lista e criticando a falta de vontade política dos EUA. O futuro das relações entre os dois países permanece incerto.