De acordo com al-Ghaithi, morador de Derna, o número de mortos pode chegar a 20 mil, com base na quantidade de distritos destruídos. As chuvas torrenciais trazidas pela tempestade Daniel resultaram no rompimento de duas represas no rio Wadi Derna, causando a devastação em todo o país. Testemunhas descreveram os estragos como semelhantes a um tsunami, enquanto corpos de pessoas que foram levadas pelas águas começam a ser devolvidos pelo mar.
Especialistas afirmam que a combinação de eventos climáticos extremos, infraestrutura precária e conflitos internos contribuíram para a magnitude da tragédia. A ONU ressaltou que milhares de vidas poderiam ter sido salvas se os sistemas de alerta precoce e gestão de emergências tivessem funcionado corretamente.
Diante desse cenário, o presidente do Conselho Presidencial Líbio, Mohamed al-Menfi, ordenou que o Ministério Público investigue os colapsos das duas barragens em Derna, que foram cruciais para o agravamento da tragédia.
Além das preocupações com a perda de vidas, as autoridades também temem o surgimento de uma epidemia devido à grande quantidade de corpos sob os escombros e na água. As equipes de resgate solicitaram mais sacos para que os corpos possam ser transportados de forma adequada, evitando a disseminação de doenças para os sobreviventes.
A situação na Líbia é desesperadora e exige ação imediata para ajudar as vítimas e prevenir o agravamento da crise humanitária. A comunidade internacional deve unir esforços para fornecer assistência e garantir que os sistemas de alerta e gestão de emergências sejam fortalecidos, a fim de evitar tragédias semelhantes no futuro.