Governo líbio receia possível “epidemia” devido ao aumento de corpos encontrados após inundação.

As inundações na parte oriental da Líbia deixaram um rastro de destruição e morte, com o número de vítimas confirmadas subindo para 5,5 mil. O governo de união nacional, reconhecido pela ONU e sediado em Trípoli, divulgou o balanço oficial nesta quinta-feira (14), que também revelou cerca de 7 mil pessoas feridas. Equipes de resgate na cidade de Derna, a mais afetada pelas enchentes, estão pedindo mais sacos para transportar os corpos, que continuam surgindo em grandes quantidades.

De acordo com al-Ghaithi, morador de Derna, o número de mortos pode chegar a 20 mil, com base na quantidade de distritos destruídos. As chuvas torrenciais trazidas pela tempestade Daniel resultaram no rompimento de duas represas no rio Wadi Derna, causando a devastação em todo o país. Testemunhas descreveram os estragos como semelhantes a um tsunami, enquanto corpos de pessoas que foram levadas pelas águas começam a ser devolvidos pelo mar.

Especialistas afirmam que a combinação de eventos climáticos extremos, infraestrutura precária e conflitos internos contribuíram para a magnitude da tragédia. A ONU ressaltou que milhares de vidas poderiam ter sido salvas se os sistemas de alerta precoce e gestão de emergências tivessem funcionado corretamente.

Diante desse cenário, o presidente do Conselho Presidencial Líbio, Mohamed al-Menfi, ordenou que o Ministério Público investigue os colapsos das duas barragens em Derna, que foram cruciais para o agravamento da tragédia.

Além das preocupações com a perda de vidas, as autoridades também temem o surgimento de uma epidemia devido à grande quantidade de corpos sob os escombros e na água. As equipes de resgate solicitaram mais sacos para que os corpos possam ser transportados de forma adequada, evitando a disseminação de doenças para os sobreviventes.

A situação na Líbia é desesperadora e exige ação imediata para ajudar as vítimas e prevenir o agravamento da crise humanitária. A comunidade internacional deve unir esforços para fornecer assistência e garantir que os sistemas de alerta e gestão de emergências sejam fortalecidos, a fim de evitar tragédias semelhantes no futuro.

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