No encontro realizado na quarta-feira (13), o presidente russo Vladimir Putin e Kim Jong Un trocaram rifles como presentes, em um gesto simbólico que foi interpretado pelo Ocidente como uma mostra dos temores existentes. Putin elogiou o “futuro fortalecimento” das relações entre Rússia e Coreia do Norte e mencionou as “perspectivas” de cooperação militar, apesar das sanções internacionais que pesam sobre Pyongyang devido aos seus programas nucleares e de mísseis.
Na quinta-feira (14), o Kremlin confirmou que Putin aceitou o convite de Kim Jong Un para visitar a Coreia do Norte, mas não divulgou detalhes sobre a data da viagem. Enquanto isso, Kim Jong Un visitou uma fábrica aeronáutica no extremo leste russo.
A visita de Kim à Rússia é vista como uma tentativa de fortalecer os laços entre os dois países, além de buscar apoio e negociações em meio ao impasse nas negociações com os Estados Unidos sobre desnuclearização da península coreana.
O encontro entre Putin e Kim representa um desafio para a comunidade internacional, que tenta conter as ambições nucleares da Coreia do Norte. O país asiático já realizou uma série de testes de mísseis balísticos e desenvolveu armas nucleares, o que gerou preocupações e sanções por parte da ONU.
Além disso, a visita de Kim Jong Un à Rússia ocorre em um momento crucial nas relações com os Estados Unidos, com o presidente Donald Trump buscando um acordo com a Coreia do Norte para a desnuclearização. No entanto, as negociações estão estagnadas após dois encontros entre Trump e Kim em 2018.
Ainda não está claro se a visita de Kim à Rússia resultará em avanços na questão nuclear ou se será apenas um gesto político. Por enquanto, não foram assinados acordos entre os líderes dos dois países, mas a expectativa é de que a relação entre Rússia e Coreia do Norte se fortaleça.