O lançamento ocorreu menos de um mês depois da perda da sonda lunar russa Luna-25, que caiu no satélite natural da Terra. Esse fracasso expôs as dificuldades do setor espacial russo ao longo dos anos, devido à falta de financiamento e a escândalos de corrupção. No entanto, o sucesso desse lançamento reforça a capacidade da Rússia de continuar envolvida em atividades espaciais.
O foguete Soyuz levou à ISS os russos Oleg Kononenko, de 59 anos, e Nikolai Chub, de 39 anos, e a astronauta da Nasa, Loral O’Hara, de 40 anos. Tanto Chub quanto O’Hara realizam sua primeira viagem ao espaço. Em uma entrevista coletiva antes do lançamento, a astronauta americana expressou entusiasmo com a missão e destacou a importância da cooperação internacional na exploração espacial.
Os três astronautas substituirão os russos Sergei Prokopiev e Dmitri Petelin, e o americano Frank Rubio, que chegaram à ISS há um ano. A missão dos atuais tripulantes foi prolongada devido a danos na nave de retorno, a Soyuz MS-22, causados por um grande vazamento em dezembro de 2022.
Apesar das tensões entre os dois países, o setor espacial é um dos poucos em que existe cooperação entre Rússia e Estados Unidos. A astronauta Loral O’Hara destacou durante a entrevista coletiva que a ISS é um símbolo de paz e cooperação. Os astronautas Kononenko e Chub compartilharam a visão da americana, ressaltando que, ao contrário do que acontece em terra, onde os países muitas vezes não se entendem, no espaço eles se preocupam uns com os outros e trabalham em harmonia.
A chegada desses astronautas à ISS representa um marco importante na exploração espacial e mostra que, apesar das tensões políticas, a cooperação internacional é essencial para o avanço da ciência e da tecnologia. A ISS continua sendo um símbolo de unidade e conquista humana, mesmo em tempos difíceis.