Na terça-feira, a CPI do Senado ouvirá mais duas diretoras de ONGs em depoimentos referentes às investigações em curso.

Na próxima terça-feira (19), a CPI das ONGs retomará suas atividades com a presença de mais duas diretoras de ONGs que atuam na região amazônica. Ritaumaria Pereira, diretora do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), e Suzana Pádua, diretora do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), serão ouvidas a partir das 10h.

Essas audiências foram solicitadas pelo presidente da CPI, o senador Plínio Valério (PSDB-AM). No caso do IPÊ, Valério destaca que a CPI possui documentação relacionada à atuação da ONG como responsável pela criação de Unidades de Conservação no Baixo Rio Negro. O senador ressalta a necessidade de esclarecer o papel da IPÊ nessas áreas, especialmente em relação aos recursos utilizados e à autorização para conduzir todo o processo ao longo do tempo.

Já em relação ao Imazon, Valério justifica que a atuação da ONG na Amazônia já foi mencionada em diversos depoimentos colhidos pela CPI. Por isso, há interesse em aprofundar as informações e compreender melhor o trabalho realizado pela instituição.

Outro assunto que pode ser abordado na próxima reunião da CPI é a solicitação de informações sobre as relações do governo do Acre com a ONG SOS Amazônia. A proposta partiu do relator da CPI, o senador Márcio Bittar (União-AC). Bittar pretende que o governador Gladson Camelli envie toda a documentação disponível sobre repasses de recursos do governo estadual à SOS Amazônia, no período de 2002 a 2022. Além disso, o relator pede cópias de todas as prestações de contas apresentadas pela ONG, referentes aos recursos recebidos do governo acriano. Segundo Bittar, a SOS Amazônia já recebeu R$ 2 milhões do governo estadual.

No mesmo contexto, o presidente do Tribunal de Contas do Acre, José Ribamar Trindade, também poderá ser solicitado a fornecer informações sobre processos envolvendo a SOS Amazônia.

Outras possíveis oitivas que podem ser aprovadas na terça-feira dizem respeito ao diretor do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Garo Batmanian, e ao presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires. A intenção é esclarecer a atuação das ONGs no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e discutir as relações do ICMBio com as ONGs, bem como o recebimento de recursos externos pela instituição.

Essas são algumas das pautas que serão discutidas na próxima reunião da CPI das ONGs. O objetivo é investigar possíveis irregularidades e esclarecer a atuação das ONGs na região amazônica. A CPI tem se concentrado em analisar a destinação de recursos e a autorização para atuação dessas instituições, buscando garantir a transparência e a correta aplicação dos recursos destinados à preservação do meio ambiente.

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