Os ataques, que ocorreram tanto no aeroporto de Bruxelas quanto em uma estação de metrô, resultaram na morte de mais de 30 pessoas e foram reivindicados pelo grupo Estado Islâmico. Inicialmente, o número de mortos foi estimado em 32, mas o tribunal elevou para 35, considerando que o trauma sofrido pelas vítimas resultou em três mortes adicionais.
Foi constatado que esses ataques foram organizados pela mesma célula responsável pelos atentados em Paris em 2015, o que levou Abdeslam a ser condenado à prisão perpétua na França. No entanto, o tribunal belga decidiu não aplicar uma pena adicional a ele, já que o mesmo já tinha sido condenado na Bélgica a 20 anos de prisão por um confronto armado com a polícia ocorrido em 2016.
Abdeslam, único sobrevivente da célula que causou a morte de 130 pessoas no teatro Bataclan, em Paris, fugiu para Bruxelas após o massacre e ficou escondido por quatro meses em um apartamento ocupado por membros da célula local.
Outro acusado, Mohamed Abrini, conhecido como “o homem do chapéu”, que se recusou a se explodir no aeroporto de Bruxelas, foi condenado a 30 anos de prisão. Ele e outro acusado, Osama Krayem, um sueco de ascendência síria, decidiram no último minuto não detonarem os explosivos que carregavam no aeroporto.
Além disso, Bilal El Makhukhi, Osama Atar e Herve Bayingana Muhirwa foram condenados à prisão perpétua. Atar, apontado como um dos líderes da célula jihadista, foi julgado à revelia, já que se presume que ele tenha morrido na Síria em 2017. Já Sofien Ayari, um tunisiano, e Ali El Haddad Asufi, um belga-marroquino, também foram condenados, mas não receberam penas extras, já que haviam sido condenados anteriormente pela troca de tiros com a polícia belga.
Os ataques de março de 2016 em Bruxelas deixaram também centenas de feridos, e muitos sobreviventes e familiares ainda sofrem com traumas anos depois. O julgamento em Bruxelas teve início no final de 2022, em uma antiga sede da Otan adaptada para o processo, sob fortes medidas de segurança.
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