Pesquisadores revelam a descoberta emocionante sobre o processo de morte dos neurônios no Alzheimer. Essencial para avanços terapêuticos.

Um dos maiores mistérios da ciência pode ter sido finalmente desvendado por pesquisadores do Reino Unido e da Bélgica. De acordo com um estudo publicado na revista científica Science, a equipe descobriu como ocorre a morte das células cerebrais na doença de Alzheimer, um processo conhecido como necroptose.

A doença de Alzheimer é caracterizada pelo acúmulo de duas proteínas, chamadas amiloide e tau, entre os neurônios. Esse acúmulo provoca uma inflamação cerebral que resulta em uma mudança química interna nas células. Após a formação das placas com essas proteínas, os neurônios começam a produzir uma molécula chamada MEG3, que está relacionada à necroptose, um tipo de morte celular responsável por eliminar células indesejadas à medida que outras novas são produzidas.

Os pesquisadores conseguiram comprovar essa relação ao bloquear a molécula MEG3 e observar que as células cerebrais mantinham-se vivas. Essa descoberta é de extrema importância, já que a morte celular está ligada à perda de memória, um dos sintomas mais devastadores do Alzheimer.

Para realizar os experimentos, os cientistas transplantaram células cerebrais humanas em cérebros de camundongos geneticamente modificados para produzir grandes quantidades da proteína amiloide. Os resultados encontrados fornecem evidências sólidas sobre o processo de morte celular na doença de Alzheimer, que antes era explicado apenas por especulações e hipóteses.

Recentemente, medicamentos para eliminação da proteína do cérebro têm sido considerados um marco no tratamento especializado contra a doença, retardando a destruição das células cerebrais. Os pesquisadores celebram as novas possibilidades que surgem a partir dessa descoberta, apontando para a criação de novos tratamentos capazes de retardar ou até mesmo deter a progressão da doença no futuro.

Apesar de ser uma descoberta emocionante, os especialistas afirmam que ainda estão em um estágio inicial, porém acreditam que esse estudo é importante por apontar para novos mecanismos de morte celular na doença de Alzheimer, que não eram compreendidos anteriormente. A esperança é que essas novidades possam abrir caminho para novas estratégias terapêuticas e trazer esperança para milhões de pessoas afetadas por essa doença debilitante.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo