Haddad encontra-se em Nova York acompanhando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está participando da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Durante sua estadia na cidade, Lula e seus ministros têm se reunido com empresários e autoridades norte-americanas para atrair investimentos estrangeiros para projetos sustentáveis no Brasil. O governo brasileiro realizou um road show com 36 eventos diferentes, buscando despertar o interesse de mais de 60 fundos de investimento.
Segundo Haddad, a receptividade tem sido muito positiva porque os recursos arrecadados com a emissão dos títulos verdes serão destinados exclusivamente a projetos sustentáveis, com taxas de juros mais atrativas do que as oferecidas atualmente. No entanto, o ministro ressaltou que o valor inicial de R$ 10 bilhões é apenas o começo de um processo e que o Brasil tem capacidade para captar ainda mais recursos no exterior, devido à sua matriz energética limpa.
O ministro destacou que o Brasil pode duplicar sua produção de energia limpa em menos de 10 anos e que parte dessa energia poderia ser exportada na forma de hidrogênio verde. No entanto, a prioridade será utilizar essa energia internamente para impulsionar a indústria e agregar valor às matérias-primas, contribuindo para a neoindustrialização do país. Haddad enfatizou que o objetivo final é transformar o Brasil em um produtor e exportador de produtos verdes, e não apenas de energia limpa.
Além disso, o ministro comentou sobre as polêmicas envolvendo a proposta de tributar offshores e fundos exclusivos para os chamados “super-ricos”. Ele afirmou que é natural que essa proposta gere inquietação, mas confia que o Congresso Nacional tratará a questão de forma adequada. Haddad ressaltou que o clima entre os poderes Executivo e Legislativo é favorável e que é necessário aproveitar esse momento de harmonização para avançar com a agenda econômica do país.
Em conclusão, o governo brasileiro busca captar US$ 2 bilhões por meio da emissão de títulos verdes na Bolsa de Nova York, visando financiar projetos ambientalmente sustentáveis. Essa iniciativa faz parte dos esforços para atrair investimento estrangeiro e impulsionar a indústria de energia limpa no país. Além disso, o ministro da Fazenda apontou a importância da tributação dos super-ricos como uma forma de fortalecer a economia brasileira e promover um crescimento compatível com o potencial do país.
