Francisco também mencionou a crise dos refugiados como um dos maiores desafios do nosso tempo, afirmando que a “Terceira Guerra Mundial” já está em curso devido à quantidade de conflitos que assolam o mundo. Ele ressaltou que é fundamental ver a migração não apenas como números, mas como pessoas, homens, mulheres e crianças que enfrentam situações devastadoras em campos de refugiados.
O papa revelou que está escrevendo um novo documento papal como continuação de sua histórica “Encíclica” de 2015, em que a Igreja abordou a questão da ecologia. Essa temática tem sido um pilar fundamental de sua liderança nos últimos anos, mesmo diante da resistência de alguns seguidores politicamente conservadores da Igreja.
Os comentários de Francisco ocorrem em um momento em que os especialistas em clima preveem que 2023 será o ano mais quente da história da humanidade, marcado por ondas de calor, secas e incêndios florestais. Diante desse cenário alarmante, o papa enfatizou a importância de agir agora para combater as mudanças climáticas e suas consequências devastadoras.
Além disso, o pontífice destacou a necessidade de retornar ao diálogo e à diplomacia para resolver os conflitos mundiais, incentivando o fim dos projetos de conquista e agressão militar. Ele mencionou o trabalho exemplar do Hospital Infantil Menino Jesus, na Itália, que tratou mais de 2.000 crianças ucranianas que fugiram de seu país sem seus pais ou familiares, ressaltando que essa iniciativa pode servir de modelo para o mundo.
Os líderes mundiais se reunirão em breve na Cúpula sobre Ambição Climática, onde serão discutidas medidas para acelerar as ações dos países do G20 em relação às mudanças climáticas e para manter vivo o Acordo de Paris. O apelo do papa Francisco vem em um momento crucial, chamando a atenção para a urgência das ações globais diante do desastre climático iminente.
É importante ressaltar que a posição do papa sobre essas questões mostra sua preocupação com o bem-estar do planeta e das pessoas. Sua liderança tem sido marcada pela defesa dos mais vulneráveis e pela busca por soluções que promovam a justiça social e ambiental. Espera-se que seus apelos sejam ouvidos e que a união global se fortaleça para enfrentar os desafios climáticos e humanitários que enfrentamos no século XXI.
