Para o próximo ano, a expectativa é de um crescimento de 1,5% do PIB. Já para os anos de 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão de 1,95% e 2%, respectivamente.
Essas previsões de crescimento são reforçadas pelos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes ao segundo trimestre deste ano. Segundo o IBGE, a economia brasileira cresceu 0,9% em relação aos primeiros três meses de 2023 e 3,4% em comparação ao mesmo período do ano passado. No acumulado de 12 meses, o PIB registrou alta de 3,2% e, no semestre, a alta acumulada foi de 3,7%.
No entanto, a queda da previsão da inflação é um fator que preocupa os analistas. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, passou de 4,93% para 4,86%. Essa estimativa para 2023 está acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O relatório do Banco Central revela que há 61% de chance de a inflação superar o teto da meta em 2023. A projeção para 2024 também está acima do centro da meta, que é de 3%. Em agosto, o IPCA registrou uma alta de 0,23%, influenciado pelo aumento do custo da energia elétrica. No acumulado do ano, a taxa é de 3,23% e, em 12 meses, de 4,61%.
Para combater a inflação, o Banco Central utiliza como instrumento principal a taxa básica de juros, conhecida como Selic. Diante da queda da inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou um ciclo de redução da Selic, que atualmente está em 13,25% ao ano. A expectativa do mercado para a reunião do Copom desta semana é de uma redução para 12,75% ao ano.
Os analistas projetam que a Selic encerre 2023 em 11,75% ao ano. Para 2024, a estimativa é de uma taxa de 9%, enquanto para 2025 e 2026, a previsão é de uma Selic em torno de 8,5% ao ano.
As projeções para a cotação do dólar também foram divulgadas. A expectativa é de que a moeda americana termine o ano de 2023 em R$4,95, e, para o fim de 2024, a previsão é de que o valor do dólar seja de R$5.
Em resumo, apesar das melhorias na previsão do crescimento econômico brasileiro, a preocupação com a inflação persiste, levando o Banco Central a tomar medidas para seu controle, como a redução da taxa básica de juros. O comportamento do dólar também é um fator relevante para o mercado financeiro e a economia do país.
