Girão destacou que nenhum dos denunciados tinha antecedentes criminais, o que, em sua opinião, torna a sentença ainda mais injusta. Além disso, o senador afirmou que a intenção dos ministros do STF seria reprimir mobilizações populares pacíficas. Para ele, tudo isso evidencia que a democracia no Brasil está ameaçada e que estamos caminhando para uma ditadura.
O senador também criticou o fato de que outros casos similares, como as manifestações violentas ocorridas em 2006 e 2017, não resultaram em prisão ou condenação. Segundo Girão, isso mostra um viés ideológico claro nos julgamentos do STF.
Além disso, o senador mencionou que alguns ministros do STF atacaram os advogados de defesa do réu de forma injusta, ao apontar um erro na menção a um livro. Para ele, os ministros parecem ter se esquecido da verdadeira essência do problema, que é a destruição da Constituição.
Girão ainda questionou a competência do STF para julgar esse caso e destacou que a Constituição do país deve ser obedecida. Em sua visão, esse julgamento deveria ter ocorrido na primeira instância e não no STF. O senador atribuiu o desrespeito ao Parlamento a uma omissão do Senado, que ainda não deliberou sobre o pedido de impeachment de um dos ministros do STF, que está engavetado há mais de seis meses.
As declarações de Eduardo Girão geraram polêmica e trouxeram à tona a discussão sobre os limites do poder do STF e a divisão de opiniões sobre as manifestações de 8 de janeiro. Enquanto alguns concordam com o senador e consideram as prisões desproporcionais, outros defendem que as ações antidemocráticas merecem uma punição severa. O debate sobre a preservação dos princípios democráticos e os limites da liberdade de expressão continua em pauta.
