Hatsune Miku é uma boneca de 16 anos com olhos arregalados e um longo rabo de cavalo azul. Em 2018, no casamento peculiar de Akihiko, ela foi representada por uma versão de pelúcia, para que os convidados pudessem entender melhor a situação. Akihiko expressou sua devoção à boneca, dizendo que nunca a traiu e que pensa nela todos os dias.
Cansado de ser rotulado como louco, Akihiko decidiu fundar a Associação Fictossexual, com o objetivo de promover a compreensão da fictossexualidade. Esse termo descreve um indivíduo que sente atração sexual e/ou romântica por personagens fictícios. Pode ser um personagem de livro, história em quadrinhos, televisão, cinema ou jogos. A fictossexualidade não se baseia na atriz ou ator que interpreta o personagem, mas sim no próprio personagem em si. É uma orientação sexual mais permanente, diferente de uma fantasia sexual ou fetiche passageiro.
Embora a fictossexualidade ainda seja pouco estudada, é considerada parte da comunidade LGBTQIAPN+. Existem várias subdivisões dentro dessa orientação sexual, como os “cartosexuals”, que sentem atração por personagens de quadrinhos e livros, e os “inreasexuals”, que sentem atração por personagens de TV, séries e filmes.
Akihiko e sua boneca Hatsune Miku desafiam as convenções sociais e provam que o amor pode assumir várias formas. Seu casamento único levanta questões sobre a natureza do desejo e da atração, e nos lembra que cada indivíduo tem suas próprias inclinações e preferências. É importante cultivar empatia e respeito por todas as formas de amor, mesmo que pareçam estranhas aos olhos de alguns.
Portanto, o casamento de Akihiko com Hatsune Miku é um lembrete de que o amor pode ser encontrado em lugares inesperados e que não devemos julgar as escolhas dos outros. Afinal, o coração quer o que o coração quer, independentemente do que possa parecer estranho aos olhos da sociedade.