Durante a reunião, que durou mais de duas horas, foi discutida também a transferência de Ana Letícia, grávida de sete meses e internada no Hospital da Restauração, para uma unidade particular com segurança reforçada. No entanto, a família decidiu não fazer esse requerimento.
Os familiares das vítimas acreditam no poder da gestão local em cuidar das pessoas e confiam no trabalho da Polícia Militar, mesmo após a ação policial que resultou nas vítimas. Por isso, eles optaram por não aderir ao programa de proteção oferecido pelo governo.
Durante a reunião, foram apresentadas todas as ações do Governo de Pernambuco sobre proteção, incluindo o programa de acolhimento provisório, que foi oferecido para que a família não fique desassistida, mas a família decidiu não sair do local onde vivem.
No entanto, a família solicitou a colocação de uma viatura da Polícia Militar no entorno de sua residência, localizada no bairro de Tabatinga, para garantir sua segurança. Esse pedido será apresentado à Secretaria de Defesa Social.
Apesar de não terem optado pelo programa de proteção oferecido pelo Governo, a família confia nas autoridades locais e acredita que a Polícia Militar não é representada pelas pessoas que cometeram a chacina em Camaragibe.
Foi ressaltada também a importância dos programas de proteção, principalmente em situações como essas, em que as pessoas estão em situação de vulnerabilidade. Muitas vezes, esses programas não são conhecidos por falta de necessidade.
Durante a reunião, um dos advogados envolvidos no caso decidiu se retirar após receber ligações suspeitas de alguém afirmando ser da Polícia Federal e querendo saber onde ele estava, o que levantou preocupações e suspeitas. No entanto, não foram divulgados detalhes sobre essas ligações.
Apesar de ter rejeitado a proposta do Governo de Pernambuco, a família pretende protocolar diversos ofícios nas secretarias pertinentes com seus pleitos e continuar confiando no trabalho das autoridades locais para garantir sua segurança.