O Congresso Brasileiro de Trilhas proporciona discussões sobre políticas públicas voltadas para o setor, visando o desenvolvimento sustentável.

Debate sobre a consolidação de políticas públicas para as trilhas de longo curso está em pauta no estado do Rio de Janeiro. O 2º Congresso Brasileiro de Trilhas começa nesta quarta-feira (20) no complexo arquitetônico Caminho Niemeyer, no centro de Niterói. O evento, que terminará no domingo (24), é organizado pela Associação Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso, pela prefeitura de Niterói e pela Niterói Empresa de Lazer e Turismo – Neltur, e conta com participantes de todos os estados.

Durante o congresso, serão apresentados casos de sucesso, com ênfase nos pilares fundamentais para o desenvolvimento e estruturação das Trilhas de Longo Curso. Serão abordados temas como governança, sinalização padronizada, manejo de trilhas, capacitação, empreendedorismo, voluntariado, ecoturismo, turismo de base comunitária, lazer e interação com a natureza.

O presidente da Rede Brasileira de Trilhas, Hugo de Castro, ressaltou a importância do congresso para debater a implantação de um instrumento para o desenvolvimento sustentável nas comunidades por onde passam as trilhas, além de uma melhor distribuição de renda nos municípios mais distantes. Segundo ele, o programa está apoiado em três pilares: a conservação, o emprego e a recreação, destacando que as trilhas de longo curso são corredores ecológicos.

O evento, que conta com mais de duas mil pessoas inscritas, reunirá especialistas, profissionais da conservação e do turismo, gestores públicos e privados, além de entusiastas do tema. O objetivo é discutir trilhas e preservação ambiental, promovendo palestras, oficinas, discussões de políticas e trocas de experiências.

Além do Congresso Brasileiro de Trilhas, também ocorrerá o 1° Seminário Técnico-Científico da Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso, que é parte da campanha global da Década da Restauração dos Ecossistemas (2021/2030), promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU). O seminário tem o objetivo de articular iniciativas governamentais e não governamentais para conservação e restauração de ecossistemas com as trilhas de longo curso, visando benefícios para as pessoas e para a natureza.

Durante o evento serão discutidos temas como sustentabilidade, preservação, turismo responsável e inovação, visando mudar a forma como as trilhas são percebidas, preservadas e promovidas. Será trabalhado o conceito de que a recreação e o turismo dependem do trabalho de conservação, com foco voltado para o “como usar” para conservar o atrativo. A trilha é considerada uma ferramenta de conservação, além de proporcionar recreação e geração de renda.

A Rede Brasileira de Trilhas está conectada ao Ministério do Meio Ambiente, Ministério do Turismo e ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O diretor da Rede, Pedro da Cunha e Menezes, destacou a importância das parcerias com essas instituições para conseguir financiamento e implementar ações. Ele ressaltou que até o segundo semestre de 2024 essas parcerias devem ser ampliadas para incluir estados, municípios e o Ministério do Desenvolvimento Agrário.

O congresso e o seminário são eventos importantes para fomentar o debate sobre trilhas de longo curso e seu papel na conservação do meio ambiente, na promoção do turismo sustentável e na geração de renda para as comunidades locais. Espera-se que esses eventos contribuam para a consolidação de políticas públicas que valorizem e protejam esses espaços naturais.

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