O Cremerj iniciou sindicância para investigar atuação médica na lipoaspiração realizada por médica em advogado do Mc Poze.

O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) está investigando a conduta da médica Geysa Leal Corrêa, responsável pela cirurgia estética que resultou na morte da advogada Silvia de Oliveira Martins. A sindicância aberta pelo Cremerj seguirá em sigilo, de acordo com as normas do Código de Processo Ético-Profissional do conselho.

Segundo relatos de amigos e familiares, a cirurgia era um sonho de Silvia, que já tinha realizado outros procedimentos estéticos anteriormente. Sérgio Castro, um amigo próximo da advogada, teve acesso a um exame de sangue feito por ela uma semana antes da cirurgia. O exame apresentava alterações no coagulograma e uma inflamação, o que fez com que ele questionasse a realização da cirurgia estética.

Castro ressaltou que Silvia confiava cegamente na médica responsável pelo procedimento e elogiava seu trabalho, pois já tinha feito duas cirurgias anteriores com ela. No entanto, ele argumenta que, ao realizar a cirurgia mesmo diante dos exames alterados, a médica assumiu um risco que resultou na morte de sua amiga.

A família de Silvia registrou um boletim de ocorrência na delegacia para investigar o caso. A Polícia Civil informou que a investigação ficará a cargo da 9ª Delegacia de Polícia (Catete), devido ao local onde o procedimento cirúrgico foi realizado. Os parentes suspeitam de que a morte tenha sido causada por negligência da médica.

Vale ressaltar que Geysa já havia sido denunciada pelo Ministério Público do Rio em 2021, em decorrência da morte de outra paciente após uma hidrolipo. Em 2022, ela foi condenada por homicídio culposo e recebeu restrição de direitos e pagamento de multa como pena.

O corpo de Silvia foi enterrado no cemitério Jardim da Saudade de Paciência, na Zona Oeste do Rio. A família pretende solicitar à Justiça a exumação do corpo para obter mais informações sobre as circunstâncias da morte da advogada. O filho de Silvia, Pedro Oliveira, de 21 anos, afirmou que a família não tinha conhecimento dos processos envolvendo a médica antes da cirurgia.

A médica em questão fechou seu perfil no Instagram e desapareceu das redes sociais desde que o caso ganhou repercussão. Até o momento, ela não se pronunciou sobre o assunto, deixando os familiares de Silvia ainda mais aflitos.

Em comunicado à imprensa, o advogado de Geysa lamentou a morte de Silvia e afirmou que não há relação de causalidade entre a intercorrência na paciente e a atuação da médica. Ele argumentou que a médica sempre agiu de maneira diligente, seguindo os padrões exigidos pela boa prática médica, e que complicações cirúrgicas podem ocorrer. O advogado também afirmou que Silvia tinha conhecimento dos riscos e benefícios da cirurgia, além das possíveis limitações do procedimento.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo