Os líderes Putin e Xi realizarão encontro bilateral em Pequim, após não comparecerem à Assembleia da ONU. (23 palavras)

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que fará uma visita oficial à China no próximo mês de outubro. O convite partiu do líder chinês, Xi Jinping, em mais uma demonstração da estreita relação entre os dois países. Essa viagem ocorre em um momento de disputas e tensões entre o Ocidente e a Rússia e a China têm se posicionado como oposição ao bloco liderado pelos Estados Unidos.

Durante uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, Putin revelou que teve o prazer de aceitar o convite de Xi Jinping para visitar a China. Essa declaração foi transmitida pela televisão estatal russa, evidenciando a importância dessa visita.

É interessante observar que tanto Putin quanto Xi têm evitado participar de grandes encontros multilaterais que contam com a presença de Washington e seus principais aliados. Após se encontrarem na cúpula do Brics, na África do Sul, e ampliar o bloco com a inclusão de alguns rivais americanos, como o Irã, os líderes têm demonstrado uma clara oposição ao Ocidente. Isso ficou evidente pela ausência de Putin e Xi tanto no G20, realizado na Índia, quanto na Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

Além disso, tanto Putin quanto Xi receberam em seus países alguns dos líderes mais contestados pelo Ocidente. Kim Jong-un foi recebido por Putin, enquanto Nicolás Maduro esteve presente na China. Esses encontros foram marcados por discursos fortes contra o Ocidente, demonstrando uma postura de oposição e desaprovação em relação às políticas do bloco liderado pelos Estados Unidos.

Desde o início da guerra na Ucrânia, especialistas têm apontado uma crescente dependência econômica da Rússia em relação à China. A China é uma das maiores economias do mundo e não endossa as sanções e embargos impostos por Washington. Pouco antes do início do conflito na Ucrânia, Pequim e Moscou anunciaram uma “parceria sem limites” entre os dois países, o que fortaleceu ainda mais os laços bilaterais.

Dessa forma, a visita de Putin à China em outubro reforça a estreita relação entre os dois países e o posicionamento geopolítico oposto ao bloco liderado pelos Estados Unidos. Essa visita será acompanhada de perto pelos observadores internacionais, uma vez que pode indicar uma maior aproximação entre Rússia e China e uma ampliação da cooperação entre os dois países em diversos aspectos, incluindo o econômico e o político.

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