Unicef inaugura laboratório visando inserção de jovens no mercado profissional, em prol da inclusão social e desenvolvimento mundial.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apresentou hoje o Laboratório de Inclusão Produtiva das Juventudes (Linc), durante o evento Educação e Trabalho: Perspectivas da Educação Profissional e Tecnológica, realizado na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Criado em parceria com o Centro de Desenvolvimento da Gestão Pública e Políticas Educacionais da Fundação Getulio Vargas, o Itaú Educação e Trabalho e o Instituto Unibanco, o Linc tem como objetivo apoiar, mobilizar e incentivar o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a inclusão dos jovens no mercado de trabalho.

De acordo com dados recentes do Ministério do Trabalho e Emprego, atualmente há 5,2 milhões de jovens entre 14 e 24 anos desempregados no Brasil. Diante dessa realidade preocupante, o laboratório busca identificar e disseminar boas práticas e políticas já existentes, além de oferecer suporte técnico e apoio para os estados que desejam implementar políticas públicas efetivas nesse sentido.

O Linc funcionará em seis eixos: mapeamento de boas práticas, formação, reconhecimento, produção de conhecimento acadêmico, apoio técnico e monitoramento de indicadores. A intenção é engajar estados que ainda não possuem políticas para a inclusão dos jovens e estimulá-los a desenvolver políticas específicas de acordo com as necessidades de suas respectivas populações.

Ana Inoue, superintendente do Itaú Educação e Trabalho, ressaltou a importância de oferecer condições de inclusão no mundo do trabalho para os jovens brasileiros. Atualmente, apenas 20% dos jovens de 18 a 24 anos estão na universidade, enquanto os outros 80% estão fora. Além disso, 88% das matrículas de jovens são em escolas públicas. Essa realidade evidencia a necessidade de oportunidades de desenvolvimento e inserção no mercado de trabalho.

O Brasil ocupa o segundo lugar em uma lista de 37 países com a maior proporção de jovens entre 18 e 24 anos que não estudam e não trabalham, perdendo apenas para a África do Sul, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Isso mostra a urgência de ações para combater essa situação e garantir um futuro melhor para a juventude brasileira.

Monica Pinto, chefe de Educação do Unicef Brasil, afirmou que o Linc pretende ser uma aliança entre o poder público, o setor privado e a sociedade civil organizada para oferecer oportunidades aos jovens. Ela também alertou para o desperdício de talentos e habilidades dos jovens que atualmente não têm acesso a oportunidades de estudo e trabalho.

As ações e iniciativas do laboratório serão divulgadas e acompanhadas pelo público por meio do site do Linc. Essa plataforma será fundamental para a participação da sociedade e para o compartilhamento de experiências e aprendizados em relação à inclusão produtiva das juventudes no mercado de trabalho.

Diante dos desafios enfrentados pela juventude brasileira em relação ao desemprego e falta de oportunidades, o Linc surge como uma iniciativa importante para impulsionar políticas públicas inclusivas e promover a inserção dos jovens no mercado de trabalho. A partir do engajamento de diferentes setores da sociedade, será possível construir um futuro melhor e mais justo para essa parcela da população.

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