A filha do artista, Lina Botero, emocionada, expressou sua gratidão pelas manifestações de afeto e reconhecimento ao seu pai. Ela disse que trazer o corpo de Botero de volta à sua terra natal era um dos maiores desejos da família.
Durante a cerimônia no Congresso, o presidente do órgão, Iván Name, destacou a importância de Botero como um representante do espírito humano. Segundo ele, o artista parou o mundo por um instante com suas obras que refletiam a realidade do país, mas que também possuíam as chaves secretas da alma humana.
Fernando Botero faleceu aos 91 anos, em Mônaco, no último dia 15, vítima de pneumonia. Seu corpo chegou ontem a Bogotá e permanecerá na câmara-ardente do Congresso até domingo, quando será levado para Medellín, sua cidade natal, onde também serão realizados eventos em sua homenagem antes da cremação.
As cinzas de Botero serão levadas de volta à Europa, mais especificamente para Pietrasanta, na Itália, onde serão enterradas junto ao túmulo de sua esposa, a artista grega Sophia Vari, que faleceu em maio deste ano.
Botero ficou conhecido principalmente por suas criações com formas voluptuosas e levemente surrealistas, que alcançaram valores milionários em leilões nas galerias mais prestigiadas do mundo. No entanto, ele também se dedicou a levar sua arte para museus e parques públicos na Colômbia, buscando democratizar o acesso à cultura.
Sua obra também foi exposta em diversas cidades ao redor do mundo, como Madri, Paris, Barcelona e Veneza. Fernando Botero deixou seu legado como um dos grandes artistas colombianos e sua morte representa uma grande perda para a cultura do país.
