Em comunicado divulgado na quinta-feira (21), a Presidência do Irã informou que as tábuas confiscadas foram finalmente devolvidas. O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, que retornou de Nova York na mesma semana, expressou sua esperança de que o restante das tábuas seja restituído o mais rápido possível.
As tábuas são de extrema importância histórica, pois foram encontradas nas ruínas de Persépolis, a antiga capital do Império Persa Aquemênida. Elas revelam detalhes sobre a organização da sociedade e economia da época.
O processo de devolução dessas peças teve início na década de 1930, quando a Universidade de Chicago recebeu empréstimo de cerca de 30.000 peças ou fragmentos de argila encontrados em Persépolis para fins de pesquisa. A maioria das peças foi devolvida entre 1948 e 2004, porém o restante permaneceu nos Estados Unidos devido a um processo movido por vítimas americanas de um ataque atribuído ao grupo palestino Hamas.
As vítimas acusaram o Irã de apoiar o grupo armado e pediram o confisco das tábuas para pagamento de uma indenização de 71,5 milhões de dólares. O processo foi encerrado em 2018, quando a Suprema Corte dos Estados Unidos bloqueou a apreensão dos artefatos.
Embora a devolução das tábuas seja uma vitória para o Irã, a reimposição das sanções americanas ao país complicou o processo de restituição. No entanto, o governo iraniano continua lutando pela devolução de outros tesouros culturais e históricos que foram levados ilegalmente para o exterior durante anos de conflito e instabilidade no país.
A devolução das tábuas de argila antigas é uma conquista significativa para preservar a história e o patrimônio cultural do Irã. Esses artefatos são tesouros valiosos que fornecem insights importantes sobre uma das civilizações mais antigas do mundo, o Império Persa Aquemênida.
