A cidade de Derna, localizada no leste do país, foi especialmente devastada pela tempestade. O último balanço provisório indica que pelo menos 3.845 pessoas morreram nessa região, conforme informou Mohamed Eljarh, porta-voz de um comitê responsável pelas operações de resgate, formado pelo governo oriental.
No entanto, vale ressaltar que esse número engloba apenas os corpos que foram sepultados e registrados pelo Ministério da Saúde. Eljarh alertou que o balanço tende a aumentar, uma vez que ainda não foram contabilizados os corpos enterrados por moradores pouco depois da catástrofe.
Além disso, autoridades e organizações humanitárias internacionais estimam que mais de 10.000 pessoas ainda estão desaparecidas devido às inundações provocadas pela tempestade Daniel.
A região de Derna, que possui uma população de aproximadamente 100 mil habitantes e está situada às margens do Mar Mediterrâneo, foi a mais afetada pela tempestade. Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 43.000 pessoas tiveram que deixar suas casas em decorrência das enchentes.
A Líbia, um país que enfrenta divisões desde a queda do líder Muammar Gaddafi em 2011, possui duas administrações rivais. Uma está em Trípoli, no oeste, reconhecida pela ONU e liderada por Abdelhamid Dbeibah. A outra está no leste e é representada pelo Parlamento, afiliado ao marechal Khalifa Haftar.
Diante dessa tragédia, é fundamental que sejam intensificadas as ações de resgate e de assistência às vítimas. A comunidade internacional deve se mobilizar para fornecer apoio humanitário e contribuir com a recuperação dessas regiões afetadas pelas inundações.