Embora o vídeo não mencione especificamente o local em que foi gravado, o bairro de Kensington é conhecido por ser um mercado de drogas a céu aberto, e é justamente nessa região que a epidemia tem se intensificado. O governo americano já classificou a xilazina como uma “ameaça emergente” à saúde pública do país, uma vez que o sedativo é 50 vezes mais potente que a heroína.
O aumento do consumo de xilazina nos últimos quatro anos tem causado um aumento nos casos de overdose, além de ferimentos graves que podem levar a amputações e até mesmo à sepse. A fundadora da organização Savage Sisters, Sarah Laurel, afirmou que a xilazina tem causado efeitos catastróficos na população, levando a úlceras abertas, infecções e tecidos necróticos.
As autoridades americanas têm buscado conter o tráfico de fentanil na fronteira com o México, já que os cartéis que atuam nessa região também são responsáveis pela venda ilegal do medicamento veterinário xilazina misturado a outros entorpecentes já conhecidos pela população. Essa mistura tem como objetivo aumentar os lucros dos traficantes, mas acaba resultando em um número alarmante de óbitos por overdose nos EUA.
É importante ressaltar que o consumo indiscriminado de xilazina é mais difícil de ser tratado do que o de outras drogas, uma vez que ela nunca foi aprovada para uso humano. Portanto, é necessário um esforço conjunto das autoridades para combater o tráfico dessas substâncias e fornecer tratamento adequado para aqueles que estão sofrendo com os efeitos devastadores dessas drogas misturadas.
No ano passado, os Estados Unidos registraram um recorde de 109.680 óbitos por uso excessivo de drogas, sendo que dois terços dessas mortes foram associadas ao fentanil. Diante desse cenário preocupante, é fundamental que medidas sejam tomadas para combater essa epidemia e proteger a saúde pública do país.
