O presidente do CNE, Elvis Amoroso, divulgou a criação de uma comissão mista para discutir os aspectos técnicos do processo eleitoral. A reunião entre as partes foi descrita como “amena” e “muito profissional”. Vale lembrar que em junho passado, a oposição havia descartado o apoio do CNE após a renúncia da diretoria anterior do organismo, alegando que foi uma manobra contra suas votações internas.
A nova diretoria do CNE, nomeada em agosto pelo Parlamento de maioria chavista e presidida por Amoroso, ofereceu assistência à oposição após uma solicitação dos organizadores das primárias. Jesús María Casal, presidente da comissão que organiza as primárias, afirmou que a comissão mista buscará uma interlocução sobre o avanço do processo, seus elementos essenciais, e a colaboração e apoio que o CNE pode fornecer.
É importante ressaltar que alguns pré-candidatos estão inabilitados para concorrer, como Maria Corina Machado, Henrique Capriles e Freddy Superlano. Essas medidas de inabilitação de opositores têm sido condenadas pelos Estados Unidos e pela União Europeia. Vale lembrar que Nicolás Maduro será candidato a um terceiro mandato de seis anos em 2024.
A possibilidade de apoio técnico do CNE às primárias da oposição na Venezuela continua gerando debates e discordâncias. Enquanto alguns veem a assistência como uma oportunidade de garantir a transparência e credibilidade do processo eleitoral, outros acreditam que a entidade eleitoral é parcial e favorece Maduro. Resta aguardar os desdobramentos das discussões entre as autoridades eleitorais e os organizadores das primárias, para saber se haverá um consenso em relação ao apoio técnico e como isso poderá impactar as eleições de 2024.