No início de agosto, Letby, de 33 anos, foi considerada culpada por um tribunal de Manchester pelos assassinatos de sete bebês prematuros. Ela teria cometido esses crimes no hospital em que trabalhava entre 2015 e 2016, o que tornou esse caso o pior da história moderna do Reino Unido.
Durante o julgamento, Letby sempre alegou ser inocente, porém foi condenada à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade, uma pena extremamente rara na legislação inglesa. No entanto, o júri não conseguiu chegar a um veredicto em outros seis casos de tentativa de homicídio que envolviam a enfermeira.
Por conta disso, o Ministério Público anunciou nesta segunda-feira (25) que Letby será julgada novamente por uma acusação de tentativa de homicídio de um bebê, ocorrida em fevereiro de 2016. O novo julgamento está previsto para começar em 10 de junho de 2024 e terá uma duração estimada entre duas e três semanas.
O promotor Jonathan Storer explicou que a decisão de realizar um novo julgamento foi extremamente complexa e difícil. Ele ressaltou que, apesar do longo julgamento que durou vários meses, as motivações da enfermeira ainda não foram esclarecidas. Letby trabalhava em uma unidade de cuidados intensivos e é acusada de injetar ar nos bebês por morte intravenosa ou por meio de sonda nasogástrica, além de ter administrado quantidades excessivas de leite.
Esse caso chocou não só a população britânica, mas também repercutiu globalmente. As famílias das vítimas e a comunidade médica esperam que a nova acusação de tentativa de homicídio seja concluída com justiça, para que todos os envolvidos possam encontrar algum tipo de fechamento emocional.
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