Além disso, as projeções mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 1,5% no próximo ano. Já para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente.
Essas estimativas têm se mostrado acuradas, uma vez que a economia brasileira apresentou um desempenho surpreendente no segundo trimestre deste ano. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 0,9% em relação aos primeiros três meses de 2023. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o avanço foi de 3,4%. No acumulado de 12 meses, o PIB registrou alta de 3,2%.
A pesar da retomada do crescimento econômico, a inflação continua sendo uma preocupação. A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerada a inflação oficial do país – permanece em 4,86% para este ano, acima do teto estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2024, a expectativa de inflação é de 3,86%. Já para 2025 e 2026, as projeções são de 3,5% para ambos os anos.
Esses números estão dentro do intervalo de tolerância estabelecido pelo CMN, mas ainda requerem a atenção do Banco Central. Segundo o último Relatório de Inflação, há uma probabilidade de 61% de o índice oficial de inflação superar o teto da meta em 2023.
Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, conhecida como Selic. Atualmente, a Selic está em 12,75% ao ano, mas há expectativa de redução ao longo dos próximos anos. O mercado financeiro projeta que a Selic encerre 2023 em 11,75% ao ano, e que caia para 9% ao ano até o final de 2024. Já para 2025 e 2026, a previsão é de uma Selic de 8,5% ao ano em ambos os anos.
Essas estimativas são importantes, pois a taxa de juros impacta diretamente o custo do crédito, influenciando no consumo e na produção. Taxas mais altas podem desacelerar a economia, enquanto taxas mais baixas estimulam a atividade econômica.
Por fim, a previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar para o fim deste ano está em R$ 4,95. Já para o fim de 2024, a estimativa é que a moeda americana fique em R$ 5.
É importante ressaltar que essas projeções são feitas com base em análises e expectativas do mercado financeiro, levando em consideração diversos fatores econômicos. No entanto, é preciso acompanhar os desdobramentos da economia e possíveis impactos que possam alterar essas previsões ao longo do tempo.