O repasse do retroativo, referente aos meses de maio, junho, julho e agosto, já está na conta dos Estados e municípios desde a última sexta-feira (22/09). Após pressão das entidades sindicais, a governadora Raquel Lyra se pronunciou sobre o pagamento do retroativo do piso, marcando a data para o dia 29 deste mês. Contudo, não ficou claro se todos os trabalhadores serão beneficiados, incluindo aqueles que atuam nos serviços públicos (contratados e concursados), nas Organizações Sociais de Saúde (OSs), nas entidades filantrópicas e nas instituições que atendem até 60% do SUS.
Apesar do pronunciamento da governadora, o movimento de paralisação continua mantido, conforme destacou o presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe), Francis Herbert. Segundo o presidente, a categoria permanecerá mobilizada até que o governo estadual forneça mais informações e esclarecimentos sobre o repasse dos pagamentos.
A paralisação da enfermagem é um reflexo das constantes demandas e dificuldades enfrentadas por esses profissionais, que atuam na linha de frente do combate à pandemia de Covid-19. Além dos problemas enfrentados em relação à remuneração, os trabalhadores também têm enfrentado falta de equipamentos de proteção individual (EPIs), sobrecarga de trabalho e condições inadequadas de trabalho.
Diante disso, a mobilização se torna ainda mais importante para chamar a atenção das autoridades e garantir os direitos desses profissionais tão essenciais para a saúde da população. A paralisação e o ato público são formas de exigir respostas e ações efetivas por parte do governo, visando a melhoria das condições de trabalho e a valorização desses profissionais tão indispensáveis.
É necessário que a governadora Raquel Lyra esteja atenta às reivindicações dos trabalhadores da enfermagem e busque soluções que atendam às necessidades dessa categoria. A pandemia trouxe à tona a importância desses profissionais e é fundamental que sejam valorizados e reconhecidos pelo seu trabalho incansável em prol da saúde da população. A paralisação e o ato desta segunda-feira são passos importantes nessa luta por melhores condições de trabalho e remuneração adequada para a enfermagem em Pernambuco.